A X-37B, o ônibus espacial robótico dos EUA, retornou à Terra após uma missão de 434 dias! Mas essa não foi uma aterrissagem qualquer. Ela abriu caminho para uma nova era na guerra espacial: a guerra de manobra. Prepare-se para descobrir porquê!
Uma missão secreta, mas com resultados notáveis
O pouso ocorreu na Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia. A Força Espacial manteve o retorno em segredo, seguindo a política do Pentágono de sigilo em torno do programa X-37B. Este foi o sétimo voo de um X-37B, desde 2010.
Lançado em dezembro de 2023, o X-37B alcançou uma órbita elíptica, a milhares de quilômetros da Terra. A Força Espacial não divulgou os detalhes exatos da órbita, mas observadores amadores registraram altitudes entre 323 e 38.838 quilômetros.
Diferente dos seis voos anteriores, que usaram foguetes menores, a missão 7 utilizou o poderoso Falcon Heavy da SpaceX. Isso permitiu alcançar altitudes bem maiores.
Testes em segredo
Os objetivos de cada missão X-37B são mantidos em segredo. Os oficiais militares descrevem a aeronave como uma plataforma para demonstração de tecnologias. Raramente são divulgados detalhes específicos.
Apesar do sigilo, algumas informações vieram à tona. Em outubro, a Força Espacial anunciou uma série de manobras inovadoras de frenagem aerodinâmica.
Essas manobras utilizaram a atmosfera superior para reduzir a velocidade do X-37B. É uma técnica eficiente em termos de combustível, usada pela NASA em Marte.
Revolucionando a Guerra Espacial
O General Chance Saltzman afirmou que a missão 7 inovou, mostrando a capacidade do X-37B de atingir objetivos em diferentes regimes orbitais. A frenagem aerodinâmica comprova o compromisso da Força Espacial em avançar nas operações espaciais de forma segura e responsável.
O X-37B tem cerca de 9 metros de comprimento e uma envergadura de 4,6 metros. Ele não é tripulado e pode permanecer em órbita por anos, graças a um painel solar.
A frenagem aerodinâmica também permitiu descartar o módulo de serviço sem criar lixo espacial.
Nesta missão, a aeronave testou tecnologias para melhorar o conhecimento do ambiente espacial. O espaço é considerado um ambiente contestado, que poderia se tornar um campo de batalha em conflitos futuros.
O Futuro da Manobra Espacial
O General Stephen Whiting, chefe do Comando Espacial dos EUA, acredita que as manobras de frenagem aerodinâmica podem ser usadas em futuros satélites militares.
Ele ressalta a importância da mobilidade espacial para monitorar satélites adversários e para operações defensivas e ofensivas. A capacidade de manobra sustentada, ou operações espaciais dinâmicas, é crucial.
O Comando Espacial poderia alcançar isso através do reabastecimento em órbita ou por meio de métodos mais eficientes de mudança de órbita, como frenagem aerodinâmica ou propulsão solar-elétrica.
O objetivo é implementar a “guerra de manobra” no espaço, similar ao que se faz em terra, mar e ar.
O X-37B demonstrou capacidades impressionantes. Sua volta marca um passo significativo para o futuro das operações espaciais, abrindo portas para uma nova era de manobrabilidade e estratégias militares no espaço. O que você acha que o futuro reserva para a guerra espacial?