Já se perguntou o que realmente significa “jogo aconchegante”? A sensação de conforto, relaxamento, é a mesma para todos? Preparado para descobrir como um jogo aparentemente “cosy” pode questionar a própria definição de aconchego?
Os jogos considerados “aconchegantes” (cosy) não se encaixam perfeitamente em um gênero específico. Mais do que um tipo de jogo, é uma vibe, uma sensação que o jogo transmite.
Podemos encontrar vários exemplos. Tem jogos como Tiny Glade, focados em construção e criatividade; Stardew Valley, simulando a vida no campo; Little Kitty Big City, explorando a cidade como um gato; e quebra-cabeças como A Little to the Left.
Qual o ponto em comum? A ausência de combate ou violência. Geralmente, não há pressão de tempo ou competição. Mas o que é aconchegante para mim (limpar paredes em PowerWash Simulator ouvindo podcasts de terror) pode ser entediante para outra pessoa.
Um Jogo Aconchegante Sobre Não Ser Aconchegante
Wanderstop, aparentemente, se encaixa na categoria de jogos aconchegantes. Cuidar de plantas, fazer chá, atender clientes, sem pressão… tudo parece muito relaxante. Não há violência, pelo menos, dentro do jogo.
A história é divertida e comovente, com personagens adoráveis e animais fofos. Mas é aí que a coisa fica interessante: a protagonista, Alta, sofre de esgotamento profissional extremo. Ela chega a Wanderstop exausta, buscando uma cura.
Alta, no entanto, se irrita com a rotina. Ela não consegue aceitar a lentidão, a tranquilidade. Sua luta é aprender a gostar desse ciclo aconchegante, mesmo sem querer.
Por Que Precisamos de Jogos Aconchegantes?
Wanderstop se destaca por subverter as expectativas do gênero. Outros jogos brincam com essa fórmula, mas a maioria é aconchegante por ser aconchegante. Eles querem provocar uma sensação de fuga.
O interessante é quando jogos aconchegantes questionam a compreensão do jogador sobre o que é aconchego. Stardew Valley, por exemplo, oferece uma fuga dos horrores do mundo real. Ele é calmo, pacífico. O que esperamos desses jogos? O que precisamos deles?
Alta, em Wanderstop, lida com seus problemas de forma clara e emocional. O jogo usa os elementos acolhedores para nos ensinar que a rotina, a lentidão, podem ter um propósito. Não se trata apenas de entorpecer a mente, mas de se voltar para dentro, entender o que resiste à calma.
Wanderstop nos faz refletir: podemos nos esconder dos problemas, mas sempre precisamos voltar à realidade. Você sairá do jogo aconchegante mudado? Enquanto PowerWash Simulator não me ensinou muito, Wanderstop me fez pensar sobre mim mesmo.
Compartilhe suas experiências com jogos aconchegantes! O que você busca neles?