A Nintendo Switch 2 está chegando, e com ela, uma nova forma de distribuir jogos físicos: os “Game-Key cards”. Parece estranho? Confesso que achei no começo também. Mas, após analisar a situação, cheguei a uma conclusão surpreendente.
Em resumo, um Game-Key card é um cartão físico que, ao invés de conter o jogo inteiro, possui uma chave que inicia o download do jogo dos servidores da Nintendo. O jogo fica armazenado na memória interna do console ou em um cartão microSD Express. Você precisa do Game-Key card inserido para jogar.
Game-Key cards: Nem tudo são flores
A internet explodiu em reclamações sobre os Game-Key cards. E com razão! Temos inconvenientes reais. Imagine: toda vez que você colocar o jogo em um novo console, precisa baixar tudo de novo. Isso vale para vários Switches em casa, para emprestar para um amigo ou até mesmo se você precisar apagar o jogo para liberar espaço. Perde-se a praticidade de iniciar o jogo imediatamente, pois precisa-se inserir o cartão.
E há o problema a longo prazo. A Nintendo já desligou os servidores do Wii U e 3DS. Cartões de jogos físicos ainda funcionam. Um Game-Key card, sem os servidores, torna-se apenas plástico.
… Mas prefiro isso à alternativa
Vamos ser realistas: jogos físicos estão sumindo. É mais caro fabricar e enviar um objeto físico do que fornecer espaço em servidores. As empresas estão optando entre Game-Key cards ou nada. Jogos digitais são o padrão. Quando há versão física, é geralmente em edições limitadas.
Eu gosto de jogos físicos. Gosto de ter coisas para olhar na estante. Mas principalmente porque um cartucho é útil. Posso emprestar para um amigo, dividir o custo com alguém, ou revender depois.
Isso é “compartilhar coisas”, algo fundamental. Emprestamos livros, ferramentas, carregadores. Mas isso está diminuindo na era do streaming e downloads digitais. As empresas querem que você compre uma licença, e não um produto físico.
A principal razão pela qual prefiro jogos físicos é que isso suga! É um acordo ruim! O Game-Key card, apesar de suas falhas, ainda é melhor. Não é um título intransferível atrelado à minha conta. É um objeto físico transferível com valor. Eu preferiria jogos físicos tradicionais, mas consigo conviver com isso.
Em resumo, embora os Game-Key cards apresentem inconveniências, eles representam uma alternativa viável para a preservação dos jogos físicos numa era cada vez mais digital. A praticidade dos jogos digitais, inegável, encontra um importante contraponto na possibilidade de compartilhamento e posse tangível ainda oferecida pelos Game-Key cards.
Compartilhe suas experiências com os jogos físicos e digitais!
Fonte: Ars Technica