A SpaceX, líder mundial em viagens espaciais, enfrenta uma sequência incomum de atrasos e falhas. Será que a empresa atingiu seu limite de velocidade? Vamos investigar!
Uma Série de Problemas Recentes
Começando com o recente adiamento da missão SPHEREx da NASA, problemas na integração do foguete e da carga útil atrasaram o lançamento por quase duas semanas. Isso segue uma série de outros problemas.
Falhas no primeiro estágio do Falcon 9 também causaram preocupação. Um vazamento de combustível em um dos nove motores durante o lançamento de satélites Starlink resultou em um incêndio após o pouso no drone-ship. Isso aconteceu após um incidente semelhante em agosto.
Problemas recorrentes no estágio superior do Falcon 9 também são notáveis. Em fevereiro, uma queima de desorbita falhou, resultando em detritos caindo na Polônia. Este foi o terceiro incidente semelhante em seis meses.
Finalmente, e talvez o mais público, o Starship, o ambicioso foguete da SpaceX, falhou em seus dois últimos voos de teste. Incêndios na seção do motor causaram explosões espetaculares, lançando detritos sobre as Bahamas.
Colocando em Perspectiva
Apesar desses problemas, a SpaceX teve um desempenho de lançamento amplamente bem-sucedido. Antes dos problemas recentes, a empresa não perdia uma carga útil com o Falcon 9 há quase uma década. A cadencia de lançamentos da SpaceX é incomparável.
A SpaceX lançou 27 foguetes em um ano, enquanto o resto do mundo combinado lançou 19. A United Launch Alliance, concorrente nos EUA, ainda não lançou nenhum foguete neste ano. A dominância global da SpaceX parece segura, pelo menos a curto prazo.
O que está causando isso?
A pressão constante para acelerar, enquanto assume tarefas cada vez mais desafiadoras, é provavelmente um fator significativo. A SpaceX lançou mais foguetes do que qualquer país ou empresa privada na história.
Ao mesmo tempo, a empresa está transferindo engenheiros do Falcon 9 e Dragon para o programa Starship. A equipe do Starship estava sob enorme pressão após a falha de janeiro, para identificar e corrigir rapidamente os problemas.
O Starship é um sistema experimental, o maior e mais potente foguete já lançado. A equipe teve apenas sete semanas para estudar a falha, realizar reparos e preparar novos equipamentos.
A cultura implacável da empresa, que incentiva o trabalho incessante, também pode estar contribuindo para os problemas. Lançar 150 vezes por ano e construir dois estágios superiores por semana aumenta as chances de erros.
Quais são as implicações?
Até agora, as consequências das falhas não foram letais. Mas, o espaço permanece um ambiente perigoso. Detritos do estágio superior do Falcon 9 poderiam ter atingido alguém na Polônia. Uma falha em uma missão tripulada seria catastrófica.
O risco com os satélites Starlink também é significativo. Rumores de quase colisões entre satélites Starlink e outros objetos em órbita baixa são preocupantes. Mais detritos seriam desastrosos.
Para o programa Artemis, os problemas com o Starship significam mais atrasos. O teste de reabastecimento, essencial para a missão lunar, foi adiado, atrasando o pouso na Lua.
As falhas do Starship provavelmente irão consolidar o caminho para as missões Artemis II e III, usando o foguete Space Launch System e a nave espacial Orion. Marte continua distante enquanto a SpaceX resolve seus problemas na Terra.
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Fonte: Ars Technica