A Samsung, gigante da tecnologia sul-coreana, está buscando novas estratégias para impulsionar sua divisão de semicondutores. Mas qual o segredo por trás dessa reviravolta? Descubra como a China se tornou um parceiro crucial para a empresa, mesmo em meio a tensões geopolíticas.
A China como salvação para a Samsung?
Apesar de investimentos bilionários em fábricas americanas, a Samsung enfrenta dificuldades para conquistar grandes clientes nos EUA. Isso a levou a intensificar seus negócios com a China. As exportações para o país asiático aumentaram impressionantes 54% entre 2023 e 2024.
Um acordo estratégico com a Baidu
Um exemplo desse movimento estratégico é a venda de componentes essenciais para chips de inteligência artificial (IA) para a Kunlun, subsidiária da Baidu. A transação envolveu mais de três anos de fornecimento de “logic dies”, um componente crucial na fabricação desses chips.
Navegando em águas turbulentas: tensões comerciais
Essa crescente dependência da China coloca a Samsung em uma situação delicada, considerando as tensões comerciais entre os EUA e a China. A empresa precisa equilibrar seus interesses com as restrições impostas pelos EUA à exportação de tecnologias sensíveis.
Investimentos americanos e a concorrência
A Samsung investiu US$ 40 bilhões na expansão de suas instalações de fabricação de chips no Texas, recebendo subsídios federais. No entanto, sua divisão de produção de chips por encomenda perdeu mercado para a TSMC, que está investindo “pelo menos” US$ 100 bilhões em fábricas de chips no Arizona.
A Samsung também está atrás de sua rival sul-coreana, SK Hynix, no mercado de memória de alta largura de banda (HBM), componente fundamental para chips de IA. A SK Hynix superou a Samsung em lucro operacional pela primeira vez na história das empresas.
A estratégia da “Segunda Escolha”
Analistas apontam que a Samsung está fornecendo à China componentes considerados “sobras”, mas ainda adequados para o mercado chinês, que ainda não possui um substituto local para a HBM. A empresa é a maior fornecedora de HBM para a China, inclusive para a Huawei.
Restrições americanas e o futuro da parceria
Novas restrições americanas à exportação de chips de IA para a China impactaram a parceria entre a Samsung e a Kunlun. Um projeto de chip de IA mais avançado foi adiado devido a essas restrições.
Embora a Samsung afirme cumprir as regulamentações americanas, a situação permanece delicada. A produção de chips competitivos para a Baidu levanta questionamentos sobre a necessidade de ajustes nas restrições americanas.
Conclusão
A Samsung está em uma encruzilhada. A dependência crescente do mercado chinês para impulsionar sua divisão de semicondutores é uma estratégia arriscada, mas necessária diante da concorrência e das restrições americanas. O futuro da parceria com a China e o sucesso da Samsung no mercado global dependem de uma navegação cuidadosa nesse cenário complexo.
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Fonte: Ars Technica