Você já se perguntou se existe, ou já existiu, vida em Marte? A descoberta recente da NASA pode mudar tudo o que sabemos sobre o nosso planeta vizinho!
O robô Curiosity detectou as maiores moléculas orgânicas já encontradas em Marte. Isso é um grande avanço na busca por evidências de vida passada no planeta vermelho. Por que? Porque, na Terra, moléculas de carbono longas e complexas estão diretamente ligadas aos processos biológicos.
Moléculas de Carbono em Marte: Uma Descoberta Surpreendente
Essas moléculas encontradas pelo Curiosity são formadas por átomos de carbono unidos em longas cadeias, com outros elementos como hidrogênio e oxigênio. Elas foram encontradas em uma rocha de 3,7 bilhões de anos chamada Cumberland, em um antigo leito de lago na Cratera Gale. A descoberta foi feita usando o instrumento SAM (Sample Analysis at Mars) do robô.
Inicialmente, os cientistas buscavam aminoácidos, blocos de construção das proteínas. Mas essa descoberta inesperada é quase tão empolgante! Entre as moléculas estão o decano (10 átomos de carbono) e o dodecano (12 átomos de carbono), ambos alcanos, um tipo de hidrocarboneto.
O que isso significa?
Os pesquisadores acreditam que essas moléculas de alcano podem ter sido parte de moléculas de ácidos graxos mais complexas. Na Terra, ácidos graxos são componentes de gorduras e óleos, e são produzidos por atividade biológica na formação de membranas celulares, por exemplo.
Uma molécula de gordura tem glicerol e ácidos graxos. Os ácidos graxos podem ter de 4 a 36 átomos de carbono, mas a maioria tem entre 12 e 18. As maiores cadeias de carbono encontradas em Cumberland têm 12 átomos.
A Busca pela Vida em Marte Continua
Moléculas orgânicas preservadas em rochas marcianas antigas fornecem um registro crucial da habitabilidade passada de Marte e podem ser bioassinaturas químicas (sinais de que a vida já existiu lá).
A amostra de Cumberland foi analisada várias vezes pelo instrumento SAM. Em 2015, foram encontradas moléculas orgânicas menores e mais simples na cratera Gale. A nova descoberta dobra o número de átomos de carbono encontrados em uma única molécula em Marte.
Embora a origem dessas moléculas seja ainda incerta (podendo ser de fontes geológicas), sua existência em um ambiente hostil por milhões de anos dá esperança aos astrobiólogos.
O SAM não consegue detectar moléculas ainda maiores ou mais complexas. A missão Mars Sample Return, uma parceria entre a NASA e a Agência Espacial Europeia, pretende trazer amostras de Marte para a Terra. Lá, em laboratórios equipados, poderemos ter uma resposta definitiva sobre a existência de vida antiga em Marte.
Em resumo, a descoberta de moléculas orgânicas complexas em Marte é um passo gigante na busca por vida extraterrestre. A análise futura dessas moléculas, e outras que ainda podem ser descobertas, é crucial para entender a história de nosso vizinho cósmico.
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Fonte: Ars Technica