Já imaginou poder explorar um mundo inteiro de um jogo antigo dentro de uma aventura nova? Em Pokémon Gold e Silver, isso era realidade! Após vencer a Liga Pokémon em Johto, você podia viajar para Kanto, revisitando a região de Pokémon Red e Blue, porém de forma repaginada. Incrível, não é? Mas por que essa ideia tão genial não é mais copiada?
Essa integração de mapas de jogos antigos em novos títulos era, e em muitos casos ainda é, uma tarefa monumental. Afinal, exige muito trabalho, espaço de armazenamento no jogo e, para muitos desenvolvedores, o esforço simplesmente não compensa.
Por que outros jogos não copiaram a ideia de Gold e Silver?
Replicar um mapa inteiro de um jogo anterior em um novo é muito trabalhoso. Ocupa bastante espaço e, na maioria das vezes, não vale o esforço para os desenvolvedores. Afinal, o jogo original já existe.
Existe também o desafio da narrativa. Faz sentido narrativamente o mundo antigo estar acessível no novo jogo? Em Red Dead Redemption 2, por exemplo, funciona, pois ambos se passam no mesmo país. Mas nem sempre essa integração é tão simples.
E mesmo que a integração narrativa seja possível, que conteúdo adicionar ao mundo antigo? Repetir as mesmas missões seria tedioso. Criar missões novas significaria, na prática, desenvolver um segundo jogo em um só, aumentando exponencialmente o trabalho.
Mas alguns jogos poderiam sim fazer isso
O truque de Pokémon Gold e Silver não precisa ser usado em todos os jogos; de fato, não funcionaria na maioria. No entanto, eu adoraria ver mais jogos tentando essa abordagem.
Há algo especial em revisitar um local já explorado em circunstâncias diferentes. Em Gold e Silver, você é um treinador diferente do que era em Red e Blue. Você não enfrenta Brock sem um Pokémon tipo Água ou Misty sem um Pokémon tipo Elétrico. Você tem todos os monstros de Johto à sua disposição, possivelmente no nível máximo, o que altera completamente a dinâmica.
É como ir a uma reunião de ex-alunos após ter muito sucesso. Todos que o menosprezaram na escola agora precisam admitir seu sucesso. No caso dos jogos, seu sucesso é ser o melhor mestre Pokémon, seu “carro legal” é uma bicicleta incrível e seus “filhos talentosos” são um Feraligatr e um Lugia.
Pensei sobre isso recentemente ao descobrir que Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4 não incluiu a campanha incomum do quarto jogo. Isso mostra que games são mais que seus cenários. História, objetivos, personagens e muito mais contribuem para a experiência.
Ao permitir o retorno a Kanto, Pokémon Gold e Silver proporcionaram um momento fascinante de recontextualização. Não é algo que todo jogo pode ou deve fazer, mas gostaria de ver mais tentativas.
Conclusão
A adição de Kanto em Pokémon Gold e Silver foi uma inovação brilhante, embora desafiadora em termos de desenvolvimento. Embora não seja uma fórmula aplicável a todos os jogos, a ideia de reaproveitar mundos e personagens de jogos anteriores, porém com novas perspectivas e desafios, traz uma experiência única e memorável para o jogador. É um recurso que merece ser explorado com mais frequência, desde que se encaixe na narrativa e no design do jogo.
Compartilhe suas experiências com esse tipo de recurso em outros jogos!
Fonte: The Gamer