Você já pensou em como a inteligência artificial (IA) está mudando a forma como usamos nossos smartphones? O novo Pixel 9a da Google traz uma surpresa: a versão “extra extra pequena” da IA Gemini. Será que isso afeta a experiência do usuário? Vamos descobrir!
O Pixel 9a e a IA Gemini Nano XXS
A Google não economiza na integração de IA em seus lançamentos de 2025, e o Pixel 9a não foge à regra. No entanto, a experiência de IA neste celular pode ser diferente do que você vê nos modelos top de linha. A Google confirmou que a memória RAM limitada do aparelho (apenas 8GB) impediu a implementação completa dos recursos de IA do Pixel.
Você ainda pode conversar com o Gemini, mas o modelo Gemini Nano presente no 9a é uma versão reduzida: o Gemini Nano 1.0 XXS (“extra extra small”). Os modelos Pixel 9, 9 Pro, 9 Pro XL e 9 Pro Fold, por outro lado, utilizam o Gemini Nano XS (“extra small”).
A questão da memória RAM
A diferença está na memória RAM. Os modelos principais utilizam 12GB, garantindo espaço reservado para o Gemini Nano sem afetar o desempenho. Já o Pixel 9a, com seus 8GB, enfrenta problemas de processamento local de IA. Essa é a primeira vez que um celular Google vem com um modelo de IA super reduzido.
Isso economiza recursos, mas limita os recursos de IA disponíveis. A Google já havia enfrentado problemas parecidos com o Pixel 8, inicialmente sem o Gemini Nano, depois oferecendo uma versão de teste.
Recursos limitados do Gemini Nano XXS
Para que o Gemini Nano funcione bem com 8GB de RAM, a Google fez cortes. O Gemini Nano 1.0 XXS não roda continuamente em segundo plano, ao contrário dos modelos principais. Ele só é carregado quando necessário, o que pode afetar a rapidez de alguns recursos.
Uma limitação mais significativa é a falta de multi-modalidade: o Gemini Nano 1.0 XXS é somente texto. Isso significa que aplicativos como o Pixel Screenshots (que usa IA para criar uma base de dados pesquisável de suas capturas de tela) e Call Notes (que gera resumos de conversas telefônicas) não funcionam no Pixel 9a.
O que ainda funciona?
Nem tudo está perdido! Recursos como o resumo de gravações do aplicativo Recorder ainda funcionam, pois a IA não processa o áudio diretamente. Primeiro, cria-se uma transcrição, e depois o Gemini Nano XXS cria o resumo do texto.
Vale ressaltar que a Google não destaca essas diferenças de IA na página do produto. A falta de transparência pode deixar o consumidor confuso.
A divergência entre a série A e os modelos principais
Os celulares da série A do Pixel sempre ofereceram ótimo custo-benefício, com o mesmo suporte de software e poucos aplicativos pré-instalados que os modelos mais caros. A adoção do processador Tensor permitiu que a Google utilizasse o mesmo chip de alta performance em seus celulares mais baratos.
Com os Pixels de entrada tão bons ultimamente, fica difícil recomendar os modelos principais. A Google afirma que as séries A e a principal são igualmente populares. Mas a IA no celular pode mudar a equação, se, como a Google acredita, os recursos de IA se tornarem cruciais no futuro.
O Pixel 9a é o primeiro da série A a perder recursos de software importantes em comparação com os modelos principais. Se você ignora a IA, pode não se importar. Porém, a IA está cada vez mais presente e ter o processamento local é melhor para a privacidade.
Mesmo que não procure ativamente recursos de IA, você pode se beneficiar do modelo mais poderoso nos celulares principais, considerando que o suporte de software do Google dura sete anos. Não sabemos o que o futuro reserva em termos de IA, mas a IA local fará parte disso.
Compartilhe suas experiências com o Pixel 9a e a IA Gemini!
Fonte: Ars Technica