Ninja Gaiden 3: pior que eu lembrava? Prepare-se para uma surpresa! Sempre considerei Ninja Gaiden 3 o ponto fraco da série, um jogo que eu evitava revisitar. Mas o tempo, e o lançamento de Razor’s Edge, mudaram minha perspectiva. Será que esse jogo é tão ruim quanto a fama o precede?
Recentemente, joguei a trilogia Ninja Gaiden novamente, após o anúncio aguardado do quarto jogo. Ninja Gaiden 2 é um dos meus jogos de ação favoritos de todos os tempos. Revisitar Ninja Gaiden Black me fez apreciar suas qualidades. Mas… Ninja Gaiden 3? Esse era o desafio que eu temia.
Ninja Gaiden e Ninja Gaiden 2 são desafiadores, mas comparados ao que eu esperava de Ninja Gaiden 3, pareciam fáceis. Eu, fã de Dead Rising, já sofri com Dead Rising 4. Mas Ninja Gaiden 3 foi muito além de uma decepção, não tendo a desculpa de ser um spin-off como Yaiba (que eu jamais toco!).
Ninja Gaiden 3 Errou em Dois Pontos Chave
A lista de problemas de Ninja Gaiden 3 é longa, mas seus dois pecados capitais são o foco na história e a alteração da fórmula para tentar ser mais cinematográfico. A série nunca foi conhecida por suas histórias, mas em Ninja Gaiden 3, isso se tornou o foco principal.
A tentativa de humanizar Ryu como pai e questionar sua moralidade, em um jogo onde ele é claramente um herói, foi mal executada. A ideia de Ryu com mais personalidade é boa, mas em Ninja Gaiden 3, ele fica menos definido.
Difícil levar Ninja Gaiden 3 a sério quando sabemos que Ryu busca o bem, mesmo que seus métodos sejam brutais.
O enredo é confuso e impossível de ignorar. A tentativa de tornar Ninja Gaiden mais “legítimo” para o público ocidental impactou a jogabilidade, repleta de Quick Time Events (QTEs) que interrompem a ação.
Razor’s Edge mudou bastante isso, mas minhas lembranças negativas persistiam. Ao jogar a versão Master Collection, minha opinião mudou. Se você ignora a história e as interrupções, há muito o que gostar.
Razor’s Edge Melhora a Terceira Aventura de Ryu
O que mudou minha opinião sobre Ninja Gaiden 3 foi jogar Razor’s Edge na dificuldade alta. A versão melhorada adiciona armas e recursos ausentes no jogo original. Jogar em dificuldade alta o torna mais parecido com Ninja Gaiden 2.
Inacreditável que a Team Ninja lançou Ninja Gaiden 3 com apenas uma arma inicialmente, algo corrigido em Razor’s Edge.
Na dificuldade padrão, é fácil derrotar inimigos, mas em dificuldades maiores, isso muda. O “steel-on-bone”, um contra-ataque para acabar com inimigos, é fundamental.
No Ninja Gaiden 3 original, era muito poderoso e monótono. Em Razor’s Edge, o “steel-on-bone” se torna essencial. O combate é similar ao de Ninja Gaiden 2, o que é ótimo.
NG3: Ainda o Mais Fraco, Mas Melhor Que Eu Lembrava
Adoro o novo sistema de melhoria baseado em karma, e o Ninpo recarregável é uma boa evolução. Mas a remoção de itens de cura é frustrante em dificuldades altas. O Ninpo cura se usado corretamente, mas a falta de itens de cura adiciona uma tensão desnecessária.
Em momentos, Ninja Gaiden 3 pode ser mais difícil que Ninja Gaiden 2 pela falta de itens de cura. Em dificuldades altas, o desafio é real.
Razor’s Edge melhora Ninja Gaiden 3, aproximando-o dos outros jogos, mas não corrige todos os problemas. A história continua ruim, e os QTEs são antitéticos à série.
Mesmo assim, ignorando a história e os QTEs, os pontos fortes de Ninja Gaiden 3 o tornam jogável. O pior Ninja Gaiden ainda é Ninja Gaiden. Espero que a Team Ninja tenha usado o melhor de NG3 em Ninja Gaiden 4.
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