Você já se perguntou por que alguns jogos bombam enquanto outros, com propostas parecidas, fracassam? Vamos comparar Monster Hunter Wilds e Dragon Age: The Veilguard para entender essa diferença.
Ambos são títulos recentes de franquias de RPG consagradas, ambos tentaram alcançar um público maior, simplificando alguns aspectos. Mas enquanto Wilds foi um sucesso estrondoso, The Veilguard decepcionou.
Acessibilidade: Para Uns, Mas Não Para Outros
Monster Hunter Wilds vendeu oito milhões de cópias nos primeiros três dias, um recorde para a Capcom. Sua popularidade continua alta no Steam. A estratégia de simplificar a experiência para atrair novos jogadores funcionou.
Já Dragon Age: The Veilguard vendeu apenas 1,5 milhão de unidades no primeiro trimestre. Apesar de um lançamento forte no Steam, com 70.000 jogadores simultâneos, o jogo não conseguiu manter o ritmo.
Ambos os jogos visavam um público maior, mas apenas um obteve sucesso. Por que essa diferença?
Espaço para Simplificação
Monster Hunter tinha mais elementos complexos para serem simplificados. Sua fama vinha do combate difícil, multiplayer complexo e sistemas intrincados. Wilds manteve a essência da série, apenas com um acesso mais fácil, dificuldade reduzida e foco maior na história.
A simplificação em Wilds preservou o núcleo da jogabilidade que os fãs amavam. Ainda há muitas armas para dominar, recursos para coletar, e combate estratégico para aprender. A experiência continua sendo inconfundivelmente Monster Hunter.
The Veilguard, por outro lado, simplificou demais. Trocou o mundo aberto por níveis lineares, diminuindo a exploração. As escolhas de diálogo eram superficiais, limitando o RPG. O combate, apesar de divertido, era simples demais. A lore foi reduzida ou ignorada, e os personagens secundários ficaram sem graça. A impressão é que o jogo foi projetado para um ambiente multijogador, e não para uma experiência individual.
Enquanto The Veilguard se tornou um RPG simplificado demais, Monster Hunter Wilds ofereceu uma experiência mais acessível sem perder sua complexidade intrínseca.
Jogos como Baldur’s Gate 3 tiveram sucesso ao mesmo tempo que The Veilguard fracassou. Isso demonstra que a simplicação não é uma solução mágica. Para Monster Hunter, funcionou porque havia profundidade suficiente para suportar a mudança. Para Dragon Age, não funcionou; a simplificação foi excessiva, talvez prejudicando a franquia.
A lição é clara: a busca por um público maior precisa ser cautelosa. Simplificar demais pode eliminar a identidade do jogo, afastando os jogadores fiéis e falhando em atrair novos.
Compartilhe suas experiências com jogos que tentaram alcançar um público maior! Quais funcionaram, e quais não?
Fonte: The Gamer