Vocês já chegaram ao final de Monster Hunter Wilds? Provavelmente se surpreenderam com o… fim. Afinal, os jogos Monster Hunter são conhecidos por sua extensa jogabilidade pós-créditos, com desafios, armaduras e armas para colecionar. Mas Wilds não segue essa tradição.
Há uma curta história pós-jogo sobre monstros frenéticos e um novo sistema de criação, mas se esperavam uma longa jornada como em World e Rise, vão se decepcionar.
Um lançamento de Monster Hunter é só o começo
Seis anos após Monster Hunter World, esperava muito mais de Wilds. Me diverti muito nas Terras Proibidas, mas não esperava que acabasse tão rápido. A única conclusão é que a Capcom está guardando muito conteúdo para atualizações pós-lançamento. Em outros jogos da franquia, isso era comum, mas desta vez, senti que o jogo foi lançado incompleto.
Para ser justo, Monster Hunter World de hoje não é o mesmo jogo lançado em 2016. Anos de atualizações, expansões e crossovers, principalmente a expansão Iceborne, transformaram World no jogo que conhecemos. Mas essa transformação não começou com Iceborne. Não veio com a missão do Witcher, equipamentos de Horizon Zero Dawn, ou a invasão do Behemoth.
Não é justo comparar Wilds com o World atual. Espero que Wilds tenha tanto (ou mais) suporte pós-lançamento quanto World teve.
Tanto World quanto Rise levaram um ano para chegar ao PC após o lançamento nos consoles, com um ano de suporte pós-lançamento. Jogadores de PC podem se sentir ainda mais decepcionados com a escala reduzida de Wilds no lançamento.
Mesmo considerando isso, Wilds oferece menos conteúdo que World. A maior ausência são os dragões anciões. Após completar o Capítulo 6-1, vocês viram todos os monstros. Nenhum é classificado como Dragão Ancião. Em World, o desafio final era caçar dragões anciões temperados, muito mais difíceis que qualquer monstro em Wilds. Não há objetivos específicos após a história principal, além de colecionar equipamentos.
Com apenas 29 monstros, Wilds tem menos que World (37) e Rise (46) no lançamento. Há menos variedade e menos momentos memoráveis. Poucos jogadores de World esqueceram o Bazelgeuse bombardeando-os, ou Teostra nas dunas de Wildspire Waste. Wilds não oferece momentos assim… ainda.
O que vem por aí para Monster Hunter Wilds
Em um tweet anunciando 8 milhões de cópias vendidas nos primeiros três dias, a conta oficial de Monster Hunter deixou claro que o lançamento é apenas o começo da próxima geração de Monster Hunter. Já temos algumas ideias do que virá. Duas missões de evento trazem equipamentos novos. A atualização de abril trará o Mizutsune com um nível de dificuldade acima do temperado, além de um centro de encontro.
Isso indica que mais conteúdo virá em 2025, e, embora não anunciado oficialmente, podemos esperar um DLC do tamanho de Iceborne ou Sunbreak em 2026.
A questão é se os jogadores vão esperar. A série Monster Hunter tem um cronograma de atualizações lento. Esperar um mês por um monstro é muito. O cenário de jogos mudou desde 2016, e se a Capcom não atualizar Wilds em ritmo acelerado, provavelmente terá uma queda significativa de jogadores, mesmo com o recorde de vendas.
Para muitos, não é problema. Quem joga, ama e abandona Wilds em uma semana, ficará feliz em voltar para outra aventura quando a expansão sair. Mas para quem gosta da “grind”, Wilds pode ser uma decepção a longo prazo, comparado a Monster Hunter World.
Resumindo, Monster Hunter Wilds, apesar do sucesso inicial, precisa de mais conteúdo para se equiparar aos antecessores. A Capcom precisa honrar o potencial do jogo com atualizações frequentes e robustas.
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Fonte: The Gamer