Você já pensou em assinar um iPhone como se fosse uma assinatura de streaming? Com as novas tarifas de importação, essa ideia, que parece futurista, pode se tornar a nova realidade para a Apple. Será que a maçã vai optar por um modelo de assinatura para seus produtos?
As altas tarifas de importação estão impactando fortemente o preço dos iPhones. Um aumento significativo de preço pode afastar muitos consumidores. Mas as pessoas ainda desejam iPhones. Então, talvez, uma opção de assinatura seja a solução para manter o fluxo de caixa.
A Apple e a estratégia “serviço”
A Apple já havia considerado um serviço de assinatura para seus produtos. No entanto, devido ao possível impacto nas vendas “normais” de iPhones e na receita, a ideia foi arquivada. Mas as tarifas mudaram as coisas. Com preços altíssimos esperados, a Apple prevê uma queda nas vendas diretas.
A Apple ganhou tempo com os estoques importados anteriormente. Isso a dará fôlego até setembro. Mas ainda não é o momento ideal para lançar o “iPhone como serviço”. A empresa necessita da colaboração de parceiras operadoras, que inicialmente resistiram à ideia por conta das margens de lucro na venda direta.
No entanto, a situação econômica atual pode mudar o cenário. Mesmo as operadoras reconhecem que um lucro menor ainda é melhor do que nenhum lucro. E com previsões de preços próximos a R$ 15.000,00 (considerando o valor em Dólar) , a queda nas vendas é inevitável.
O impacto das tarifas e a aceitação do serviço
Essas tarifas impactarão quase tudo que não pode ser produzido nos EUA. Os consumidores de baixa renda, que também usam iPhones, sentirão fortemente. Grande parte dos consumidores estará mais preocupada com o preço dos alimentos do que com um celular caríssimo. Mesmo com um grupo de consumidores ricos que não se importarão com o preço, a realidade econômica afetará a maioria.
A situação econômica pode tornar um plano de assinatura muito mais atrativo. Ele permite que os consumidores usem o smartphone desejado (e talvez também o relógio, tablet e Mac) por uma mensalidade previsível, incluindo AppleCare, iCloud+ e outros serviços, evitando dívidas elevadas.
Os consumidores já estão preparados para esse tipo de serviço. Muitos já financiam a compra de seus iPhones em parcelas. Um serviço de assinatura seria um modelo natural para muitos usuários, como se fosse um “aluguel” do aparelho.
Benefícios para a Apple e o mercado de usados
A Apple também sai ganhando. Obtém uma renda recorrente, o que equilibra suas ações na bolsa. Além disso, os aparelhos serão devolvidos ao final da assinatura (ou durante, caso o consumidor não consiga manter os pagamentos) para reforma, revenda e/ou reciclagem. Isso amplia o lucrativo mercado de iPhones usados, pouco explorado pela Apple.
Vantagens e desvantagens da estratégia
A Apple poderia manter os aparelhos top de linha fora do plano de assinatura, vendendo-os separadamente. Seus clientes mais ricos podem aceitar preços mais altos por um produto de ponta. O equilíbrio entre vendas no varejo de alta gama e receitas recorrentes de assinatura pode construir um negócio sólido em tempos de crise.
A Apple pode ver esse plano como uma maneira de repassar parte do aumento de preços aos consumidores de forma mais palatável. Não é ideal, mas a empresa busca as melhores alternativas para garantir seu futuro.
Em resumo, diante da queda nas vendas e do aumento de custos, a estratégia de “iPhone como serviço” parece uma opção inteligente para a Apple. É uma forma de se adaptar às mudanças do mercado e garantir sua sustentabilidade.