Você já se perguntou como podemos evitar que a inteligência artificial (IA) torne nossos funcionários menos pensantes? O uso excessivo da IA pode levar a uma “amnésia digital”, afetando a capacidade crítica de raciocínio. Mas e se a própria IA pudesse ser a solução? Descubra como novas iniciativas de educação em IA estão mostrando o caminho para a retenção de conhecimento nas empresas.
IA focada em aprendizado: a chave para combater a “amnésia digital”
Empresas estão cada vez mais integrando a IA em seus fluxos de trabalho. No entanto, estudos mostram que o uso inadequado da IA pode causar “atrofia cognitiva”. Isso significa que os funcionários perdem a capacidade de pensar criticamente quando a IA realiza muitas tarefas cognitivas por eles.
O papel da IA na educação
Duas grandes empresas de inteligência artificial estão desenvolvendo novas ferramentas focadas no aprendizado. Essas iniciativas visam transformar o uso da IA na educação superior, mas seus benefícios se estendem muito além das universidades.
A abordagem se concentra em aprendizado, retenção e pensamento crítico. Isso tem implicações importantes para as empresas que estão integrando a IA em seus processos. Afinal, a solução para a “amnésia digital” pode estar em como ensinamos as pessoas a usar a tecnologia.
A abordagem “aprendizado em primeiro lugar” também beneficia as empresas
Uma dessas empresas lançou um novo “modo de aprendizado” para seu assistente de IA. Esse modo utiliza técnicas de questionamento socrático. Em vez de fornecer respostas diretas, a IA guia o usuário a pensar por si mesmo, incentivando a resolução de problemas de forma independente.
Outra empresa desenvolve ferramentas focadas na educação há mais de um ano. Recentemente, investiu milhões em pesquisa em IA em colaboração com universidades e disponibilizou sua assinatura premium gratuitamente para estudantes universitários canadenses e americanos por um período.
Embora inicialmente direcionados a instituições acadêmicas, esses designs centrados no aprendizado oferecem um modelo potencial para a implementação da IA nas empresas: um modelo que preserva a experiência humana em vez de substituí-la.
A erosão da expertise
Pesquisas confirmam o medo de muitos líderes empresariais: a dependência excessiva da IA pode diminuir o pensamento crítico. Um estudo descobriu que profissionais que dependem muito de ferramentas de IA realizam menos raciocínio independente com o tempo. A IA não deve ser um atalho para as respostas, mas um andaime para um melhor raciocínio.
Este problema se estende além das tarefas básicas do local de trabalho. Um estudo também descobriu que a IA pode afetar desproporcionalmente diferentes níveis de habilidade. Profissionais altamente qualificados podem se tornar complacentes.
Como as iniciativas educacionais podem transformar a IA na empresa
A ligação entre essas iniciativas educacionais e as preocupações empresariais fica clara ao examinar seus princípios de design. Ambas as empresas estão desenvolvendo sistemas de IA que priorizam o desenvolvimento humano em vez da mera eficiência. Elas respondem diretamente aos problemas identificados nos estudos do local de trabalho.
Essas plataformas educacionais servem como campos de teste para modelos de implementação de IA mais responsáveis, que podem ser transferidos para ambientes corporativos. O questionamento socrático e o foco em um envolvimento mais profundo sugerem uma mudança fundamental na filosofia de design da IA. O foco sai de ferramentas que fornecem respostas para ferramentas que aprimoram as capacidades humanas.
Empresas devem adotar técnicas inspiradas em modelos educacionais de IA. Isso inclui prompts socráticos, divulgação progressiva de informações e a exigência de justificativas de decisão para garantir que o julgamento humano permaneça aguçado.
Educação para o futuro do trabalho
A maneira como os alunos aprendem a interagir com a IA hoje provavelmente determinará como eles usarão essas ferramentas em seus futuros locais de trabalho. As abordagens educacionais inovadoras podem criar uma geração de trabalhadores que usam a IA como um aprimoramento de seu pensamento, e não como uma substituição.
Para as empresas preocupadas com a retenção de conhecimento, esses modelos educacionais de IA oferecem estratégias promissoras para integração. Ao projetar sistemas de IA que estimulam, em vez de suprimir, o pensamento crítico, as empresas podem resolver o problema da “amnésia digital” e, ao mesmo tempo, obter benefícios de eficiência.
Compartilhe suas experiências com a IA no seu trabalho! Como você garante que a tecnologia esteja aprimorando, e não substituindo, o pensamento crítico da sua equipe?
Fonte: CIO