Você já se perguntou se pode confiar completamente nas políticas de grandes empresas de tecnologia, principalmente quando se trata de inteligência artificial generativa (IAg)? A recente mudança de postura do Google sobre o uso da IAg em armas e vigilância levanta uma questão crucial para líderes de TI: nunca confiar cegamente nas políticas de fornecedores.
Esse artigo explora essa questão, mostrando como a decisão do Google ilustra a importância de uma abordagem mais proativa e cautelosa na contratação de serviços de IAg.
A lição de Google: Nunca confie na política do fornecedor
A decisão do Google de rever sua posição sobre o não desenvolvimento de tecnologias de IAg para fins bélicos e de vigilância foi, para muitos, previsível. Empresas são movidas por lucro e participação de mercado. Se aumentar seus lucros envolver o desenvolvimento de armas ou tecnologias de vigilância, elas podem seguir esse caminho.
O poder de compra das empresas
Mas os CIOs são os clientes, e clientes com grandes orçamentos têm poder. Se as empresas querem seu dinheiro, precisam atender às exigências dos seus RFPs (Request for Proposal) e contratos. A competição entre fornecedores garante que eles se adaptem às suas necessidades, inclusive em relação à ética no uso da tecnologia.
A evolução (ou involução) das políticas
A declaração inicial do Google continha uma lista extensa de aplicações de IA que não seriam desenvolvidas, citando riscos de danos e violações de normas internacionais. Posteriormente, essa lista foi reduzida significativamente, mostrando como a prioridade pode mudar com o tempo, muitas vezes em detrimento da ética.
Essa mudança de postura demonstra claramente que as declarações de princípios éticos de fornecedores não são garantia de comportamento ético constante. Devemos aprender com esse exemplo.
Como proteger sua empresa
Não se trata apenas de desconfiar da palavra de um fornecedor, mas de criar mecanismos para garantir o uso responsável da IAg dentro dos princípios da sua empresa.
Incorporando cláusulas éticas nos contratos
Incluir cláusulas específicas nos RFPs e contratos que detalham os usos proibidos da tecnologia, e as consequências para o fornecedor caso essas cláusulas sejam quebradas, é fundamental. Essa abordagem demonstra sua preocupação com a ética e protege os interesses da sua empresa.
O poder da escolha do fornecedor
Lembre-se: existem várias empresas dispostas a atender às suas necessidades sem comprometer seus valores. Use seu poder de compra para escolher fornecedores com políticas éticas robustas e transparentes.
Conclusão: Ação, não palavras
A mudança de postura do Google mostra que as políticas dos fornecedores podem e irão mudar. A verdadeira proteção reside na ação: incluir cláusulas rígidas em seus contratos e escolher fornecedores alinhados com seus valores éticos. Não se deixe enganar por promessas vagas; exija clareza, transparência e responsabilidade dos seus parceiros de tecnologia.
Compartilhe suas experiências e estratégias para garantir o uso ético da IAg em sua empresa!
Fonte: Computerworld