Oi, pessoal! Vocês já pararam para pensar no futuro dos jogos e a crescente presença da inteligência artificial? Um recente vazamento de uma demonstração de tecnologia da Sony, mostrando uma Aloy de Horizon Forbidden West conversando com um humano, me deixou com muitas reflexões. Será que a IA vai realmente revolucionar a indústria de games, ou será que ela pode trazer mais problemas do que soluções?
Essa demonstração, apesar de não ter sido finalizada, levantou algumas questões importantes sobre o papel da escrita e da criatividade na indústria de jogos.
A Importância da Escrita
Jogos bem escritos são memoráveis porque alguém, ou uma equipe, pensou cuidadosamente em como a escrita faria o jogador se sentir ao jogar. Um exemplo? Em Portal 2, a repetição da frase “This is the part where I kill you”, juntamente com a sincronia de texto na tela e conquistas no jogo, causam uma série de emoções no jogador. Isso é planejamento, coordenação e um toque humano que um chatbot, por mais avançado que seja, não consegue replicar.
A escrita muitas vezes é o elemento mais marcante de um jogo. Até mesmo em jogos com roteiros considerados “ruins”, existem momentos memoráveis e hilários. Frases desastrosas, como aquela de Days Gone (“But only if you promise to ride me like you ride your bike”), acabaram entrando para a história dos games por sua bizarrice.
Textos feitos com IA tendem a soar artificiais, robóticos. Mas o que torna uma frase ruim inesquecível como a de Days Gone é a sinceridade, ou a falta dela, por trás dela. É a mesma razão pela qual filmes terrivelmente ruins, como “The Room”, são lembrados.
As Empresas Não Se Importam Com Pessoas
Apesar do meu ceticismo, os entusiastas da IA estão certos: essa tecnologia vai revolucionar a indústria. Mas a revolução será benéfica apenas para as grandes corporações.
Como vimos com a Ubisoft e a Sony brincando com essa tecnologia, é questão de tempo até que ela se torne convincente o suficiente para executivos aprovarem seu uso em larga escala. Esse futuro é preocupante, tanto para os criativos quanto para os jogadores.
Ashly Burch, a dubladora da Aloy, expressou em suas redes sociais sua preocupação com o futuro da indústria e o impacto dessa tecnologia no trabalho dos artistas de games. Sua declaração de que a demonstração não reflete um desenvolvimento ativo na Guerrilla Games é preocupante, mas não garante a não-implementação da tecnologia.
A demonstração serve para impressionar investidores. Se a economia de custos com a IA for considerada suficiente, a tecnologia será utilizada. A questão é que a boa arte não é tão simples de ser colocada em um gráfico ou planilha.
Se tudo o que um jogo almeja é ser um chatbot entediante, não tenho interesse. Acho que, quando a IA for implementada em massa nos jogos, será tarde demais para voltar atrás.
Conclusão: A tecnologia da IA é promissora, mas corre-se o risco de se perder o toque humano e a arte da escrita nos jogos. A pressão por cortes de custos pode levar a uma substituição de profissionais por algoritmos, prejudicando a criatividade e impactando negativamente a experiência do jogador.
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Fonte: The Gamer