Você já se perguntou o que aconteceria se você pedisse ao Google o significado de uma frase completamente inventada? Prepare-se para se surpreender! Recentemente, descobriu-se que o Google, usando sua tecnologia de Visão Geral de IA, está criando explicações para ditados inexistentes, e os resultados são, no mínimo, curiosos.
Muitos usuários começaram a testar a ferramenta, inserindo frases sem sentido e, para sua surpresa, o Google respondia com explicações elaboradas e convincentes. Isso levanta questões interessantes sobre a capacidade da IA de criar significado onde não há nenhum, e como essa tecnologia pode ser usada (e abusada).
Uma conversa com uma criança
Imagine uma criança perguntando o significado de “você não pode lamber uma texugo duas vezes”. Sua primeira reação seria provavelmente dizer que nunca ouviu essa frase. Você talvez até questionasse a origem da frase. A explicação seria provavelmente algo como: “Essa frase não faz sentido para mim.”
Mas imagine que a criança insiste. Você, para agradá-la, tentaria construir uma explicação plausível. Procuraria significados simbólicos para “lamber” e “texugo”, buscando similaridades com outros ditados, para dar algum sentido à frase sem sentido.
A Visão Geral de IA do Google faz algo parecido. Ao receber uma frase inventada, ela busca criar uma explicação plausível, mesmo que essa frase não exista.
Por exemplo, para a frase “você não pode lamber uma texugo duas vezes”, o Google sugeriu que isso significa que você não pode enganar alguém duas vezes. Considerando que a frase original não tem significado, a resposta da IA é surpreendentemente coerente.
Cheia de Confiança
Apesar da criatividade da IA, a forma como ela apresenta as respostas pode ser problemática. Ao invés de admitir a falta de significado da frase, a IA o faz com uma confiança quase assustadora, como se estivesse lidando com um ditado popular.
Embora use às vezes palavras como “provavelmente” ou “sugere”, a Visão Geral de IA raramente demonstra dúvida. Isso pode levar a interpretações equivocadas, já que a IA apresenta sua suposição como um fato.
Em alguns casos, a IA até relaciona a frase a fontes inexistentes, inventando contextos ou referências que não existem. Essa falta de precisão é um problema sério para uma ferramenta que busca fornecer informações.
Por exemplo, em alguns casos, o Google “atribuiu” frases inventadas a filmes ou livros que não as continham.
Zeus se disfarçou de…?
Os piores exemplos são aqueles em que a IA inventa completamente as fontes. A frase “um cachorro nunca dança antes do pôr do sol”, por exemplo, não aparece em nenhum filme, apesar do que o Google afirma. Similarmente, frases sem nenhum sentido são atribuídas erroneamente a obras famosas.
É importante lembrar que, apesar da capacidade impressionante da IA em criar texto, ela ainda comete erros. A confiança excessiva da IA na apresentação de suas respostas pode ser enganosa e reforça a necessidade de avaliar criticamente as informações que recebemos online.
Apesar das falhas, a capacidade da IA de extrair significado de frases sem sentido é impressionante. Em alguns casos, as interpretações são quase poéticas. Embora o tom confiante às vezes seja irritante ou até mesmo prejudicial, é inegável o fascínio em ver uma IA tentando dar sentido ao que não tem sentido.
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Fonte: Ars Technica