Você já ouviu falar do LIBRA, a memecoin que atingiu uma capitalização de mercado de US$ 4,5 bilhões em poucas horas e depois despencou mais de 80%? E qual o papel do presidente argentino, Javier Milei, nessa história toda? Prepare-se, porque o que aconteceu com o LIBRA vai além de um simples “pump and dump” e pode ter consequências significativas para o mercado de memecoins.
O frenesi começou com o lançamento da memecoin relacionada ao ex-presidente dos EUA, que viu traders lucrando e perdendo milhões em questão de minutos. Mas tudo parece ter culminado com o fiasco do LIBRA, um projeto baseado na rede Solana.
A Tempestade LIBRA: Muito Além de um “Pump and Dump”
O envolvimento de Javier Milei, presidente da Argentina, tornou o caso um grande acontecimento político e internacional. Inicialmente, Milei promoveu o LIBRA em suas redes sociais, elevando seu valor de mercado exponencialmente. Porém, após uma rápida valorização, ocorreu uma queda drástica, com insiders lucrando enquanto investidores comuns sofriam grandes perdas.
A repercussão foi intensa. Milei deletou suas postagens, negou seu endosso ao projeto e acusou a oposição política de sabotagem. Discussões sobre o seu impeachment surgiram, gerando insegurança no mercado de ações argentino. Mas a história reservava ainda uma reviravolta surpreendente.
Uma Revelação Explosiva
Mais tarde, foi revelado que um dos criadores do LIBRA havia se gabado de ter comprado acesso ao círculo íntimo do presidente Milei meses antes do lançamento da memecoin. Essa revelação expôs o potencial de manipulação e corrupção envolvidos na cena das criptomoedas, além de gerar desconfiança sobre o acesso que influenciadores digitais tem a diferentes projetos.
Embora esse tipo de situação, de rápida valorização seguida de queda abrupta, não seja incomum no mercado de memecoins, o ocorrido com o LIBRA chamou atenção para os riscos de negociação desregulada e o impacto negativo na reputação do setor como um todo. Plataformas financeiras e experts do mercado comentaram sobre a perda de credibilidade das memecoins, que agora são amplamente associadas a esquemas fraudulentos.
Entendendo o Desdobramento do Fiasco
Tudo aconteceu em poucos dias, começando em 14 de fevereiro com a publicação de Milei. A moeda, lançada em um DEX baseado em Solana, atingiu seu pico de valor em poucas horas, e logo em seguida os insiders começaram a vender suas participações, lucrando cerca de US$ 100 milhões com a operação. A reação em cadeia foi imediata.
No dia seguinte, a exclusão da publicação feita por Milei e suas declarações de desconhecimento sobre o projeto causaram um grande impacto no mercado, levando ao aumento das vendas de memecoins similares. A própria Solana, a blockchain em que o LIBRA foi construído, também sofreu consequências com queda em seu token nativo.
Nomes de influenciadores digitais foram envolvidos no escândalo, alguns alegando ter sido reembolsados, enquanto outros, como o suposto criador de LIBRA e MELANIA, minimizavam o ocorrido.
Em resposta, a oposição argentina ameaçou Milei com um processo de impeachment. Um dos fundadores do DEX onde o LIBRA foi lançado também renunciou. O mercado de ações argentino sofreu uma queda significativa em vista de investigações sobre Milei também.
Um Retrocesso para as Criptomoedas?
O futuro de Milei e dos envolvidos ainda é incerto. Mas o episódio do LIBRA destaca um possível ponto de inflexão para o mercado de memecoins. Enquanto os investidores institucionais apostam em ativos mais consolidados, como Bitcoin e Ether, as memecoins se mantêm como um setor com alto risco e propensão a fraudes, que podem afastar a participação de investidores menos experientes.
O caso LIBRA serve como um alerta sobre a necessidade de maior regulamentação e autopoliciamento no mercado de criptomoedas para garantir mais segurança para os usuários e a sua credibilidade.
Compartilhe suas opiniões sobre o caso LIBRA e seus impactos no mercado de memecoins!
Fonte: CoinDesk