Você já se perguntou o que acontece nos bastidores do setor público em relação à tecnologia? Prepare-se para mergulhar em um mundo de ambições, desafios e reviravoltas no cenário tecnológico da Índia, China e Coreia do Sul. Neste post, vamos explorar alguns eventos recentes que mostram como a inovação e a regulamentação andam de mãos dadas – e às vezes, se chocam!
As Ambições da Índia no Setor de Semicondutores
A Índia sonhava em se tornar um gigante na fabricação de semicondutores. Mas, recentemente, esse sonho esbarrou em alguns obstáculos consideráveis. Duas grandes empresas mudaram seus planos, afetando diretamente as ambições do país.
A Zoho, conhecida por seus softwares de gestão empresarial, abandonou seu projeto de investir US$ 700 milhões na construção de uma fábrica de semicondutores. Seu CEO explicou que faltava confiança na tecnologia e que o projeto precisava de apoio governamental, algo que não estava garantido.
Outro revés veio da Adani, um conglomerado industrial gigante. A empresa pausou negociações para um projeto de US$ 10 bilhões com a Tower Semiconductor de Israel. Segundo informações, a Adani decidiu que o projeto não era comercialmente viável.
A China Limpa seus Algoritmos de IA
Enquanto isso, na China, a Administração do Ciberespaço lançou uma campanha de três meses, chamada “Claro e Brilhante: Retificação do Abuso de Tecnologia de IA”.
O objetivo é combater IAs não registradas, treinamento de modelos sem autorização e IAs com segurança deficiente. Além disso, produções de conteúdo da IA sem marca d’água e metadados serão alvo da campanha.
Empresas e agências governamentais chinesas foram instadas a se autoavaliarem antes que o governo tome medidas mais drásticas.
Índia e o Uso de Spyware
Na Índia, a Suprema Corte discutiu a justificativa do uso de spyware para proteção da segurança nacional. Dois juízes manifestaram a opinião de que o uso de spyware é aceitável em circunstâncias específicas.
A discussão surgiu em meio a alegações de que o governo indiano utilizou o spyware Pegasus contra opositores políticos e jornalistas. A questão central é: se o uso é justificado, contra quem ele pode ser utilizado?
Coreia do Sul Aplica Multa Simbólica à Meta
A Coreia do Sul multou a Meta em ₩6 milhões (cerca de US$ 4.700) por falhas na proteção ao consumidor em suas plataformas Instagram e Facebook Marketplace. A Meta não oferecia serviços adequados de resolução de disputas e não listava contatos dos vendedores, como exige a lei.
Vale ressaltar que a Coreia do Sul já aplicou multas bem mais pesadas a empresas de tecnologia estrangeiras no passado, mostrando que a multa aplicada à Meta foi relativamente branda.
A SK Telecom, uma empresa de telecomunicações coreana, também enfrentou problemas. A empresa suspendeu temporariamente a contratação de novos clientes após um ciberataque, enquanto busca resolver a situação.
Conclusão
Os eventos descritos mostram o lado complexo e dinâmico do setor público em relação à tecnologia. Ambições ousadas, como a da Índia no setor de semicondutores, podem encontrar obstáculos inesperados. A regulamentação, como exemplificada pela China e pela Coreia do Sul, busca balancear inovação e proteção do consumidor e da segurança nacional. É um cenário em constante evolução, que exige atenção e adaptação de todos os envolvidos.
Compartilhe suas experiências e opiniões sobre esses eventos no setor público!
Fonte: Theregister