Você já se perguntou o que acontece por trás da cortina da criação de um videogame? A notícia do cancelamento de Earthblade me deixou com uma reflexão profunda sobre o lado humano da indústria dos games. Mais do que um simples revés, essa história nos lembra das pessoas reais e apaixonadas envolvidas em cada projeto.
Ao contrário de outros cancelamentos recentes que, embora dolorosos, pareciam necessários para a saúde da indústria como um todo, Earthblade é diferente. Não houve um vilão, uma grande corporação gananciosa ou uma decisão estratégica implacável. Simplesmente, o jogo não foi feito. E isso é triste.
Earthblade: Não se trata de quem está certo
Anunciado em 2021 para 2023, Earthblade teve seu lançamento adiado para 2024. Depois, o silêncio. Até o anúncio do cancelamento em dezembro de 2024. O motivo? Problemas relacionados ao jogo anterior da desenvolvedora, Celeste.
A equipe, pequena desde o início, enfrentou desentendimentos sobre a propriedade intelectual de Celeste. A saída de um cofundador, Pedro Medeiros, tornou a situação ainda mais difícil, culminando no fim do desenvolvimento de Earthblade.
A verdade é que não sabemos quem está certo ou errado nessa história. A questão da propriedade intelectual é complexa, especialmente em equipes independentes. A desenvolvedora, Extremely OK Games, enfatiza a importância de evitar alimentar disputas entre os fãs e não demonizar Medeiros.
No entanto, o fato é que houve um desentendimento, e um jogo não será lançado. Não há um vilão para culpar, nenhuma lição grandiosa para a indústria. Apenas a amarga constatação de uma perda. É deprimente.
Existe um humano por trás de cada cancelamento
A notícia de Earthblade é um lembrete crucial da humanidade por trás dos games. Enquanto alguns cancelamentos podem ser necessários para o crescimento saudável da indústria, sabemos que eles trazem consequências para muitos profissionais.
Precisamos falar abertamente sobre isso. Quando uma empresa demite metade de sua equipe, a escala do problema é a real história a ser contada. Não podemos focar em casos individuais, pois a dor se torna um número, uma estatística. Assim, é mais fácil ver alguns cancelamentos como necessários, mesmo com o sofrimento envolvido.
Mas com Earthblade é diferente. Não há um culpado, apenas desilusão. A Extremely OK Games segue em frente, aprendendo com a experiência. Claro que é decepcionante para quem aguardava ansiosamente o jogo, mas a frustração maior é a perda de um projeto que carregava paixão e criatividade.
É diferente de ser forçado a trabalhar em um jogo fadado ao fracasso. Em Earthblade, não há um vilão, apenas uma triste realidade. A esperança agora é que o próximo jogo da Extremely OK Games e o projeto de Medeiros consigam superar essa perda.
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