Vocês já se perguntaram o que poderia ter sido feito de diferente em Dragon Age: The Veilguard? A ausência de DLCs deixou muitos fãs decepcionados, mas será que conteúdo adicional realmente resolveria os problemas do jogo? Vamos mergulhar nessa discussão!
Para começar, preciso admitir: eu não considero Dragon Age: The Veilguard um ótimo jogo da franquia. Existem momentos brilhantes, como o cerco de Weisshaupt, um dos meus favoritos da série, mas, em geral, a escrita, no melhor dos casos, é morna, e no pior, prejudica o que sempre tornou Thedas tão incrível.
Mesmo assim, a confirmação de que The Veilguard não receberia DLCs me deixou arrasado. Não porque eu acreditava que DLCs consertariam o jogo base – sabemos que nem sempre é assim. A minha decepção vem do fato de que um DLC poderia ter dado àquela iteração da BioWare a primeira chance real de mostrar seu potencial sem a bagagem do desenvolvimento conturbado.
Dragon Age: The Veilguard foi condenado desde o início
É bem documentado que o desenvolvimento do quarto Dragon Age foi um caos. Graças à interferência da EA, o Dragon Age 4 original foi cancelado em 2017 e, então, reformulado como um título com foco em live service. Talvez, após o sucesso de Inquisition, a EA tenha achado que a franquia estava sendo “desperdiçada” em um simples lançamento para um jogador.
Depois, este também foi descartado, e o jogo multiplayer que a BioWare tinha foi transformado em um título para um jogador. Os desenvolvedores tiveram tudo contra si.
No fim, Dragon Age: The Veilguard parece ter sido lançado por obrigação. A história principal foi concluída, mas o resto foi deixado de lado. Entendo o porquê: o projeto estava no inferno do desenvolvimento e sofreu dois reboots. Se enredos precisam ser cortados, você corta tudo, exceto Solas e suas tramas divinas.
DLCs não teriam contado aquela história melhor, mas poderiam ter explorado outros enredos. Que tal uma expansão ambientada no Sul? Em The Veilguard, só ouvimos que Ferelden está sendo devastada (uma decisão terrível, odeio isso!), então poderíamos ter uma história lá sem afetar a trama de Rook. Talvez até possamos jogar novamente com nosso Inquisidor?
Isso poderia ter sido uma forma de trazer de volta os estados de mundo, algo que o diretor criativo de The Veilguard sugeriu como possibilidade.
Mesmo jogando como Rook em um DLC, poderíamos ter explorado outros enredos deixados de lado. Talvez um focado em intriga política, como nos três primeiros jogos, já que isso faltou no jogo base. Ou talvez uma jornada para encontrar a cura para os Grey Wardens? Afinal, o Herói de Ferelden a encontrou? Nossas teorias sobre a cura estavam certas? Será que importa em um mundo pós-Veilguard?
Por outro lado, o DLC não precisaria se conectar aos outros jogos. Poderia ter uma história totalmente nova. Poderíamos passar mais tempo com os novos companheiros, tendo conversas que o jogo base deveria ter tido. Ninguém seria o segundo violino de Solas, então teriam espaço para respirar.
DLCs anteriores contaram novas histórias, melhorando erros do passado
A falta de DLC é uma tendência preocupante na BioWare após Dragon Age: Inquisition. Todos os jogos anteriores tiveram muitos DLCs, exceto Dragon Age 2, que ainda assim teve duas expansões e um novo companheiro com novas missões.
Os DLCs sempre permitiram que os desenvolvedores respondessem às críticas e ganhassem experiência em todos os aspectos do desenvolvimento. Dragon Age: Awakening tornou o combate mais desafiador. Os DLCs de Dragon Age 2 adicionaram variedade ambiental. Trespasser tornou o combate de Inquisition mais rápido e envolvente.
Infelizmente, tudo isso é bom em The Veilguard. Poucos criticam o combate, dificuldade ou gráficos. Muitos os elogiam. O problema é a escrita e o manuseio da lore, e DLCs não resolveriam isso. A versão de Thedas em The Veilguard é mal trabalhada em suas fundações, principalmente pela falta de estados de mundo. Ao tirar isso, você perde o que torna Dragon Age especial.
No entanto, DLCs poderiam ter permitido que a equipe contasse sua própria história. Poderíamos tê-los visto explorando seus pontos fortes, criando algo novo, em vez dessa mistura estranha que é The Veilguard. Parece que o jogo *quer* ser algo novo, e seria interessante ver o que os desenvolvedores poderiam ter feito com um DLC mais independente dos jogos anteriores.
No mínimo, seria mais Dragon Age – algo que não veremos tão cedo.
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Fonte: The Gamer