Você já imaginou um futuro sem novas descobertas espaciais? Sem telescópios poderosos explorando o universo? Um orçamento recente da Casa Branca para a NASA causou um choque no mundo científico, ameaçando décadas de pesquisa e desenvolvimento. Vamos mergulhar nos detalhes desse corte drástico e suas possíveis consequências.
A proposta de orçamento para o ano fiscal de 2026 prevê um corte de aproximadamente 20% no orçamento total da NASA, cerca de 5 bilhões de dólares de um total de 25 bilhões. Mas o impacto maior recai sobre a Diretoria de Missões Científicas, responsável por pesquisas em ciências planetárias, terrestres e astrofísica.
Detalhes dos cortes
O corte proposto é devastador. Prevê uma redução de quase 50% no financiamento para programas científicos. De 7,5 bilhões de dólares em 2025, o orçamento proposto para o próximo ano fiscal é de apenas 3,9 bilhões.
Imagine os números: astrofísica com corte de dois terços (restando 487 milhões de dólares); heliofísica com corte superior a dois terços (restando 455 milhões); ciências terrestres com corte superior a 50% (restando 1,033 bilhão); e ciências planetárias com corte de 30% (restando 1,929 bilhão).
Telescópios importantes também estão na mira. O Telescópio Espacial Nancy Grace Roman, quase pronto para lançamento, seria cancelado. O orçamento prevê a continuação do Hubble e James Webb, mas sem investimento em outros projetos.
Missões ambiciosas como o retorno de amostras de Marte e a DAVINCI em Vênus também foram afetadas pelo corte. O Goddard Space Flight Center, com 10.000 funcionários, estaria ameaçado de fechamento.
O processo de “passback”
Esse documento, chamado de “passback”, é o primeiro passo no processo de criação do orçamento federal. Ele reflete uma proposta inicial feita pela Casa Branca, que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso.
Especialistas em políticas científicas estão alarmados. A maioria das conquistas da NASA nos últimos 25 anos vieram dessas pesquisas afetadas pelos cortes. O corte foi visto como um possível desastre para a agência espacial.
O processo de “passback” permite que a NASA apresente argumentos contra o corte proposto. O orçamento final, chamado “Pedido de Orçamento Presidencial”, será divulgado em algumas semanas.
O indicado de Trump para liderar a NASA, Jared Isaacman, declarou seu apoio aos programas científicos. No entanto, dado que ainda não foi confirmado pelo Senado, provavelmente não participou da elaboração deste documento.
O Congresso pode reagir
A palavra final, no entanto, caberá ao Congresso. Comitês de ambos os lados são esperados para se posicionar contra os cortes. Há uma grande possibilidade desses cortes serem fortemente contestados no Congresso.
Representantes já se manifestaram publicamente, afirmando que lutarão para reverter esses cortes drásticos. Existe preocupação de que, caso o processo orçamentário se atrase, a Casa Branca utilize uma manobra para impor o orçamento proposto.
Em resumo, a proposta de corte no orçamento da NASA ameaça décadas de avanços científicos e o futuro da exploração espacial americana. A reação do Congresso e a mobilização da comunidade científica serão fundamentais para evitar um desastre.
Compartilhe suas opiniões sobre esse assunto! Deixe seu comentário abaixo.
Fonte: Ars Technica