Você já se perguntou como seria um RPG que misturasse gráficos realistas com elementos de jogos clássicos e uma história intrigante? Clair Obscur: Expedition 33 promete ser exatamente isso, mas será que essa mistura ousada vai resultar em uma obra-prima ou em um grande fracasso?
O título em si, já soa misterioso. A princípio, parecia uma mistura confusa de elementos. Mas após conhecer melhor a proposta dos desenvolvedores, a visão se torna mais clara. Clair Obscur: Expedition 33 aposta alto, combinando gráficos modernos, toques estilo Persona e sistemas de RPG clássicos.
A Grande Aposta
Clair Obscur é uma grande aposta. A premissa é fantástica: em uma versão mágica da França, a cada ano, uma Pintora Mágica aparece para escrever um número em um obelisco. Quem tiver essa idade morre, e o número diminui a cada ano. Equipes de expedição tentam matar a Pintora e acabar com esse genocídio mágico. A Expedição 33 é a que acompanharemos.
A ideia é brilhante e original, superando muitos RPGs que usam clichês como “monstros mais agressivos” ou “praga infectando a terra”. Mas me preocupa a ousadia. A Sandfall Interactive é uma equipe pequena – apenas 32 desenvolvedores (e um cachorro!) – e o jogo busca um estilo gráfico hiper-realista. Isso já seria um desafio, mas o estilo artístico mistura personagens realistas com um mundo colorido e criaturas cartunescas.
Essa mistura de estilos pode ser o ponto forte ou fraco do jogo. Em jogos como Metaphor: ReFantazio, menus estilizados e números de dano combinam com os gráficos do jogo. Mas em Clair Obscur, com seus personagens realistas, a combinação pode parecer estranha. Só jogando para ter certeza!
O Choque do Novo e do Antigo
A estranheza que sinto vem da mistura do novo com o antigo. Os desenvolvedores da Sandfall deixaram claro que o jogo é inspirado em JRPGs clássicos. Tem sistema de grupo, combates por turnos e até mapa-múndi. Mas ao ver essas mecânicas clássicas em um jogo com estética moderna, semelhante a God of War, a combinação me parece estranha.
Há cenas com personagens andando em corredores lineares, como em Ragnarok, e depois o grupo voa em uma criatura tipo balão de ar quente, como em Final Fantasy VII. Essa mistura de elementos é inusitada.
O sistema de combate por turnos com comandos temporizados, parecido com Paper Mario ou Sea of Stars, também se destaca. Parece uma evolução dos JRPGs clássicos, mas de um universo alternativo onde o combate por turnos não foi abandonado. Se Final Fantasy não tivesse mudado para combate em tempo real, seria parecido com Clair Obscur?
Não sei se a combinação de estilos e mecânicas vai funcionar. Mas após ver a apresentação, estou animado! Clair Obscur: Expedition 33 será um grande sucesso ou um fracasso retumbante. Não vejo meio termo.
Conclusão: Clair Obscur: Expedition 33 é um jogo ousado que arrisca muito. Sua premissa original e a mistura de elementos clássicos e modernos podem resultar em uma obra-prima ou em um grande fracasso. Só o tempo dirá.
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