Você já se cansou de combates por turnos que parecem lentos e previsíveis? Em um mundo dominado por jogos de ação frenética, muitos RPGs de estratégia por turnos tentam inovar. Mas será que Clair Obscur: Expedition 33 conseguiu revolucionar o gênero? Vamos descobrir!
Experimentos para Combater o Tédio
Nos anos 90 e início dos 2000, RPGs ocidentais como Baldur’s Gate e Knights of the Old Republic utilizavam combates em tempo real com pausa. O jogador pausava, escolhia ações em um menu e assistia à execução. Mas isso mudou. RPGs japoneses começaram a incluir elementos em tempo real em seus sistemas por turnos. Super Mario RPG, Paper Mario e Mario & Luigi, por exemplo, apresentavam pressionamentos de botões em tempo determinado. Recentemente, games como Final Fantasy VII Rebirth também inovaram.
RPGs táticos por turnos, como Baldur’s Gate 3, Shining Force, Final Fantasy Tactics e Fire Emblem, tentaram tornar o combate mais divertido, com foco na estratégia e no controle do terreno.
Clair Obscur: Expedition 33 Aperfeiçoa uma Fórmula
Para mim, Clair Obscur é a melhor fusão entre combate por turnos e em tempo real que já vi. A principal razão pela qual funciona é que nunca há um momento de inatividade completa, mesmo mantendo a ordem de turnos rígida, graças à mecânica de esquiva/defesa. É um equilíbrio difícil, mas o jogo o acerta com maestria.
À primeira vista, Clair Obscur parece uma repetição da abordagem de Paper Mario com ações temporizadas. Sim, inclui a mecânica de “pressione um botão para esquivar”, mas vai muito além. As batalhas são uma mistura de estratégia e reflexos. Você precisa escolher seus ataques, usar as “manchas” elementais com sabedoria e decidir quando curar ou atacar.
Você possui várias habilidades, mas também pode atirar no ponto fraco do inimigo, usando a mesma reserva de AP, mas ficando com um ataque básico. É um jogo profundamente tático. Você mira no corpo do inimigo e aperta o gatilho. Não há limite de tempo. Você pode levar todo o tempo que precisar para mirar. Mas esse elemento se torna mais imersivo, usando controles de tiro em terceira pessoa.
Defender ataques é igualmente envolvente. Clair Obscur usa o mesmo sistema de tempo de Paper Mario, mas a execução é diferente. Cada batalha tem seu próprio ritmo. Você precisa aprender os “tells” dos oponentes e o ritmo de seus ataques. Como em Paper Mario, você precisa aprender a sincronização dos seus movimentos, mas em Clair Obscur, também precisa dominar a sincronização dos ataques inimigos. Isso adiciona ação tensa sem abandonar as raízes por turnos. Se você perder uma luta, poderá subir de nível e tentar novamente. Mas você também sabe que precisa melhorar sua sincronização de ataques e defesas. Pense em cada chefe como uma música de Guitar Hero. Você precisa aprender o ritmo antes de ter uma chance.
É uma combinação fantástica! Depois de cinco horas de jogo, na maioria dos RPGs por turnos eu já estaria pronto para pular qualquer luta não essencial. Mas em Clair Obscur, o combate é tão importante quanto qualquer outra coisa.
Em resumo, Clair Obscur: Expedition 33 demonstra uma inovação significativa no gênero de RPGs de estratégia por turnos, combinando habilmente a estratégia planejada com a satisfação de ações em tempo real. A mecânica de esquiva/defesa, aliada aos combates táticos, torna a experiência única e memorável.
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Fonte: The Gamer