Já imaginou um jogo que te oferece liberdade de exploração, mas sem te perder em um mundo gigantesco e vazio? Essa é a proposta dos jogos de “open zone”, como o aguardado Avowed, e nesse post vamos explorar por que mais jogos deveriam seguir essa fórmula.
Em 2025, a indústria de jogos AAA se divide entre mundos abertos imensos e experiências lineares sufocantes. Jogos pós-Breath of the Wild oferecem vastos mapas desde o início. Já outros, como Final Fantasy 16 e God of War Ragnarök, são extremamente lineares, guiando o jogador por corredores e arenas de combate sem espaço para desvios.
Na Zona: A Abordagem “Open Zone”
A Obsidian Entertainment encontrou um meio termo com The Outer Worlds e o futuro Avowed. Eles usam a abordagem “open zone”: uma grande área para explorar livremente, mas dividida em zonas sequenciais. Ao avançar na história, você acessa a próxima zona, repetindo o ciclo.
Segundo a Obsidian, essa estrutura melhora o ritmo da narrativa. Eles sabem, aproximadamente, o que o jogador já fez antes de avançar para a próxima área. A liberdade de exploração existe dentro de cada zona, mas o jogo sempre mantém um controle da progressão principal.
“Acho que é um bom mecanismo de ritmo (para essas escolhas). Sabemos aproximadamente o que você fez antes de ir para a próxima coisa. Ainda é uma estrutura muito aberta dentro dessas zonas, onde você pode fazer o que quiser na maior parte do tempo, mas não é uma área contígua onde você poderia estar em qualquer lugar a qualquer momento.” – Diretor de Região, Berto Ritger (fictício)
A designer de narrativa reforça a ideia: zonas sequenciais garantem o conhecimento do conteúdo recém-experimentado pelo jogador na história principal. Isso permite ao jogo oferecer experiências mais específicas e focadas, já que o leque de possibilidades anteriores é mais limitado.
O Melhor dos Dois Mundos
Esse modelo oferece o melhor dos dois mundos. Amamos a sensação de “entrar em um mundo” em jogos como Fallout 3 ou Breath of the Wild. Mas muitos mundos abertos não alcançam a mesma qualidade. A repetição de atividades torna a experiência monótona.
Por outro lado, a linearidade extrema de outros jogos, nos priva da alegria da descoberta e exploração. A liberdade de explorar, encontrar coisas inesperadas e vivenciar momentos únicos é fundamental. Jogos como Half-Life 2 e The Last of Us, apesar da linearidade, oferecem momentos exploráveis.
Um jogo “open zone”, como Vampire: The Masquerade – Bloodlines, garante essa experiência renovada de exploração. Chegar a uma nova área, após esgotar as possibilidades da anterior, é revigorante.
Outros jogos tentaram variações, sem sucesso. Final Fantasy VII Rebirth oscila entre o aberto e o linear sem encontrar equilíbrio. Horizon Forbidden West, apesar de ser um mundo aberto, retém grandes partes do mapa, dando a sensação de que o jogo “de verdade” só começa depois de muitas horas.
Quando a fórmula funciona, ela cria zonas grandes, mas gerenciáveis. Os NPCs e missões se relacionam, criando conexões significativas. E, o mais importante, deixa espaço para mistério. Ao contrário de mundos abertos que revelam tudo, a “open zone” mantém parte do jogo escondida, aumentando a curiosidade.
Concluindo, a fórmula “open zone” equilibra liberdade e narrativa, oferecendo uma experiência mais focada e recompensadora. É um modelo que merece ser explorado por mais desenvolvedoras.
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