Você já se perguntou sobre o impacto de declarações polêmicas de figuras públicas no mundo do entretenimento? A recente carta aberta sobre direitos trans no Reino Unido, assinada por mais de 400 profissionais da indústria cinematográfica e televisiva, incluindo uma estrela da próxima série de Harry Potter, nos convida a refletir sobre essa complexa questão.
A carta demonstra a crescente preocupação com a legislação e pressões políticas que afetam a vida de pessoas trans, não-binárias e intersexuais. Um dos pontos centrais é a decisão da Suprema Corte do Reino Unido que define “mulher” apenas por sexo biológico. Isso gerou debates sobre a exclusão de pessoas trans de espaços públicos.
Mais de 400 Profissionais Assinam Carta Aberta por Direitos Trans
O que chama a atenção é a participação de Paapa Essiedu, escolhido para interpretar Snape na nova série de Harry Potter. Essa escolha se torna significativa diante do posicionamento anti-trans de J.K. Rowling, criadora da saga. Rowling, que ainda tem controle criativo e lucra com os projetos de Harry Potter, é uma das vozes mais expressivas contra os direitos trans no Reino Unido.
Controvérsias e Críticas
A participação de Essiedu na série gerou críticas. Alguns questionam sua postura, alegando que ele lucra com a franquia ligada a Rowling, enquanto simultaneamente expressa apoio à comunidade trans. Já outras personalidades, como Nicola Coughlan (Derry Girls e Bridgerton), foram mais enfáticas em sua oposição a Rowling, afirmando que não participariam do projeto de Harry Potter.
“A decisão da Suprema Corte, que define ‘mulher’ pelo sexo biológico sob a Lei da Igualdade, afirma que ‘o conceito de sexo é binário, uma pessoa é mulher ou homem’,” diz a carta. “Acreditamos que a decisão subestima a realidade vivida e ameaça a segurança das pessoas trans, não-binárias e intersexuais no Reino Unido.”
“O relatório provisório da Comissão de Igualdade e Direitos Humanos afirma que as mulheres trans não têm permissão para acessar instalações femininas e os homens trans não têm permissão para acessar instalações masculinas, sugerindo ainda que pessoas trans podem ser excluídas de usar instalações correspondentes ao seu sexo biológico. Acreditamos que essa orientação expõe as pessoas trans a constrangimentos e assédios e as exclui da participação na vida pública.”
A atriz Bella Ramsey (The Last of Us), também figura na lista de signatários da carta. Ramsey, uma reconhecida atriz não-binária, e seu colega de elenco Pedro Pascal, já manifestaram publicamente sua crítica às declarações de Rowling. O lançamento de Hogwarts Legacy também gerou debates, com muitos meios de comunicação evitando ou qualificando fortemente a cobertura do jogo devido à posição de Rowling.
Com a questão dos direitos trans em destaque, é provável que a série de Harry Potter, inegavelmente ligada a J.K. Rowling, enfrente cobertura semelhante, abordando a questão da liberdade trans.
Em resumo, a carta aberta e a participação de Essiedu acendem um debate importante sobre a responsabilidade de figuras públicas, o impacto de suas declarações e a luta por inclusão e direitos da comunidade LGBTQIA+.
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Fonte: The Gamer