Você já imaginou um jogo pós-apocalíptico, mas com a atmosfera peculiar do campo inglês dos anos 50? Atomfall quebra os moldes dos jogos de sobrevivência que conhecemos, oferecendo uma experiência única, inspirada em grandes títulos, mas com uma identidade própria inegável. Prepare-se para descobrir como!
Após jogar Atomfall, pude conversar com o diretor Ben Fisher. Ele compartilhou detalhes fascinantes sobre a inspiração por trás do jogo e o processo criativo.
Trocando a Cidade pelo Campo
Atomfall se diferencia pela ambientação: o jogo se passa no campo inglês, em pequenas vilas, e não nas áreas urbanas comuns em jogos pós-apocalípticos. Fisher explica que a equipe buscou inspiração em eventos históricos britânicos, criando uma atmosfera autêntica dos anos 50.
A escolha do cenário rural contrasta com o tom “irônico” visto em jogos como Fallout, que retratam o “Sonho Americano” mesmo em um contexto apocalíptico. Em Atomfall, a zona de quarentena não tenta inspirar seus cidadãos.
A atmosfera sombria é temperada por momentos de humor negro, típico do inglês. Fisher cita como exemplo diálogos entre personagens em um pub, que debatem sobre a possibilidade de pular um robô gigante. Esses momentos de humor ajudam a construir um mundo rico e intrigante.
Fisher destaca a adaptação dos personagens à nova realidade. Cinco anos após a catástrofe, eles parecem ter encontrado um equilíbrio, mas essa aparente normalidade leva o jogador a questionar a sanidade dos habitantes.
O que Atomfall Pega de Fallout: New Vegas
Uma grande inspiração para Atomfall foi Fallout: New Vegas. Fisher explica que a concentração narrativa de New Vegas, com personagens que possuem perspectivas distintas sobre um local central, serviu como ponto de referência para a criação da aventura em Atomfall.
A liberdade do jogador é uma característica marcante de ambos os jogos. Em Atomfall, você pode matar qualquer pessoa, mas o jogo também foi projetado para jogadores que preferem não matar ninguém. Essa opção de jogo pacífico surgiu mais tarde no desenvolvimento, exigindo adaptações na narrativa.
Para garantir que a história não se desmoronasse sem personagens não-jogáveis, a equipe introduziu elementos como telefones que tocam aleatoriamente para orientar o jogador.
Se você optar por não matar ninguém, esses telefones podem ser seus únicos guias. Vale lembrar que tudo quer te matar em Atomfall.
Atomfall promete uma experiência única, mesclando inspiração em grandes títulos com uma identidade marcante. A liberdade do jogador e o cenário britânico criam uma atmosfera original, capaz de surpreender e cativar.
Compartilhe suas experiências com jogos pós-apocalípticos!
Fonte: The Gamer