Você sabia que os ataques de ransomware no Reino Unido estão aumentando? E que muitas empresas de tecnologia relatam dificuldades em convencer seus diretores a investir em segurança cibernética? Neste post, vamos explorar os dados recentes sobre cibercrimes no Reino Unido, focando nos ataques de ransomware e na preocupante falta de responsabilidade das diretorias nesse assunto.
O aumento dos ataques de ransomware
Um recente estudo revelou um aumento significativo nos ataques de ransomware no Reino Unido. Enquanto no ano anterior menos de 0,5% das organizações relataram incidentes com ransomware, este ano o número subiu para 1%, cerca de 19.000 organizações no total. Empresas são mais afetadas que instituições de caridade, provavelmente devido aos maiores recursos financeiros disponíveis para resgates.
Embora os ataques de ransomware tenham aumentado consideravelmente, a incidência geral de cibercrimes se manteve relativamente estável. Cerca de 20% das empresas relataram algum tipo de cibercrime em 2025, uma leve queda em comparação com 22% em 2024. Entre as instituições de caridade, a taxa de incidentes permaneceu estável em 14%.
A negligência das diretorias
Um aspecto ainda mais preocupante é a diminuição da responsabilidade das diretorias em relação à segurança cibernética. A pesquisa mostrou uma queda na participação de especialistas em cibersegurança nas diretorias, de 38% em 2021 para apenas 27% atualmente.
Esse cenário reflete uma desconexão entre a segurança cibernética e a alta administração das empresas. Profissionais de TI relatam a necessidade de constante diálogo e justificativa para investimentos em segurança, sem autonomia para implementar as medidas necessárias.
A frequência de ataques
Empresas que sofreram ao menos um cibercrime, em média, foram atingidas por 30 crimes em um ano. Já entre as instituições de caridade, a média foi de 16 crimes. Apesar da média alta, a mediana (valor central) revela um cenário um pouco mais ameno, com quatro crimes em média, tanto para empresas quanto para instituições de caridade.
No total, estima-se que ocorreram 8,58 milhões de cibercrimes no Reino Unido no último ano, sendo a maioria relacionada ao phishing. Apenas 680.000 não foram classificados como phishing.
Melhoras e retrocessos
Apesar do phishing continuar sendo o cibercrime mais comum, houve uma queda significativa (de 50% para 43%), principalmente entre micro e pequenas empresas. Já em empresas médias e grandes, as taxas de incidentes permaneceram consistentes (67% e 74%, respectivamente).
Pequenas empresas demonstraram melhorias em relação à higiene cibernética, investindo mais em avaliações de riscos, seguros cibernéticos, políticas formais de segurança e planos de continuidade de negócios. Contrariamente, instituições de caridade de alta renda mostraram piora em diversas áreas, como a identificação de riscos e a implementação de estratégias de cibersegurança formais.
É preocupante a baixa adoção da autenticação de dois fatores (2FA), considerada um recurso avançado. Menos da metade das empresas (40%) e pouco mais de um terço das instituições de caridade (35%) a utilizam.
Em suma, a situação da cibersegurança no Reino Unido exige atenção. O aumento de ataques de ransomware, aliado à falta de responsabilidade das diretorias e à baixa adoção de medidas de segurança básicas, demonstra a necessidade de ações urgentes para fortalecer as defesas cibernéticas do país.
Compartilhe suas experiências e opiniões sobre a segurança cibernética em sua empresa ou organização!
Fonte: The Register