Você já se pegou pensando naquelas angústias adolescentes, nos dramas existenciais e naquela fase emo que marcou uma geração? Pois bem, prepare-se para uma viagem nostálgica (e talvez um pouco constrangedora) com o jogo I Write Games Not Tragedies!
O título por si só já entrega tudo: uma referência explícita à icônica banda Panic! at the Disco. Mas será que o jogo consegue capturar a essência daquela fase emo com toda a sua dramaticidade e autodestruição? Vamos mergulhar nesse universo pixelado e cheio de sentimentos!
Uma Narrativa Para Se Constranger
O jogo nos apresenta Ash, um adolescente que expressa sua dor emocional através da música emo. Ele se sente marginalizado, diferente dos outros, e busca desesperadamente por um lugar ao qual pertencer. A arte, com um estilo cru e cheio de rabiscos, lembra muito aqueles desenhos antigos do DeviantArt, certo?
A história de Ash é mais complexa do que parece. Observamos diferentes fases de sua vida, seus conflitos internos e sua jornada de autodescoberta. Ele precisa aprender a lidar com sua própria hostilidade e a construir relacionamentos saudáveis.
A dor de Ash não desaparece na vida adulta. Ele enfrenta problemas com álcool, sentindo-se perdido e sem rumo. Sua jornada para a sobriedade é especialmente interessante. A forma como ele enfrenta seus problemas e busca ajuda é algo a se observar.
Grite Seu Coração Para Fora
I Write Games Not Tragedies é, em sua maioria, uma visual novel. Você escolhe como Ash responde aos outros personagens e influencia o rumo da história. No meu caso, optei por tornar Ash mais amigável, curioso para ver como a história evoluiria. Mas e se você mantivesse sua hostilidade?
A outra parte da jogabilidade está intrinsecamente ligada à música, trilha sonora da vida e dos maus humores de Ash. Os minigames são simples, semelhantes aos jogos rítmicos. Mas existe um detalhe: ao alcançar o refrão, você pode cantar (ou gritar!) junto com a música para aumentar sua pontuação.
As músicas não são necessariamente boas, mas não precisam ser. A ideia é evocar a nostalgia daquela música emo adolescente. São exageradas, sem muito polimento, mas com referências que podem te fazer rir.
O jogo não é fácil, especialmente se você teve uma adolescência difícil e carregou traumas para a vida adulta. Ele te convida a olhar para o seu passado com um misto de diversão, repulsa e compaixão, reconhecendo a dor real, mesmo que não totalmente justificável, daquela época.
I Write Games Not Tragedies está programado para o acesso antecipado em fevereiro e lançamento completo em março. Vale a pena acompanhar!
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