Já imaginou um foguete do tamanho de um Saturno V decolando rumo ao espaço? E se essa façanha fosse realizada por uma empresa privada? Prepare-se, porque a Blue Origin fez história!
Na madrugada de quinta-feira, o foguete New Glenn, uma verdadeira gigante da exploração espacial, tentou sua primeira jornada orbital. A expectativa era enorme, afinal, anos de desenvolvimento e bilhões investidos estavam em jogo. Vamos mergulhar nos detalhes dessa missão épica!
Um voo tranquilo (quase)
A ignição dos sete motores principais foi um espetáculo à parte, uma explosão de chamas azuis alimentadas por metano. A princípio, o New Glenn subiu lentamente. A relação empuxo-peso era próxima de 1.0 a 1.2, necessitando de um tempo para iniciar a ascensão. Mas ele voou, firme e forte!
O primeiro estágio queimou por mais de três minutos. Em seguida, o segundo estágio se separou a 70 km de altitude. Os dois motores BE-3U do estágio superior funcionaram perfeitamente, impulsionando a carga útil até a órbita. Após quase 10 minutos de queima, atingiram a velocidade orbital de 28.800 km/h. Um sucesso monumental para a Blue Origin, que finalmente alcançou a órbita após quase 25 anos de existência!
Infelizmente, houve um revés: o primeiro estágio não retornou à Terra. A plataforma de recuperação Jacklyn ficou esperando em vão no Oceano Atlântico. Mas, considerando as dificuldades intrínsecas de pousar foguetes orbitais, a Blue Origin merece crédito pela tentativa!
Atrasos na contagem regressiva
O lançamento ocorreu mais de uma hora após a abertura da janela de lançamento, devido a problemas inesperados. Inicialmente, houve um problema com o resfriamento dos motores BE-4, que estavam mais quentes do que o esperado.
Outro contratempo foi um barco que entrou na zona de segurança próxima ao local de lançamento. Essas áreas precisam estar livres para garantir a segurança durante o lançamento. Após a remoção do barco, o New Glenn teve seu encontro com o destino às 2h03 da manhã, horário do leste dos EUA (7h03 UTC).
Apesar dos atrasos, foi um dia incrível para a Blue Origin e seu fundador, Jeff Bezos, que investiu bilhões neste projeto. O sucesso orbital do New Glenn representou, possivelmente, seu maior feito até hoje.
Conclusão
O voo orbital inaugural do New Glenn foi um marco para a Blue Origin. Apesar do fracasso no pouso do primeiro estágio, o sucesso na chegada à órbita é um triunfo significativo. A perseverança da empresa e a inovação tecnológica demonstram a capacidade crescente da iniciativa privada na exploração espacial. Superar os desafios, mesmo aqueles que levam a contratempos, demonstra maturidade e comprometimento.
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