Já jogou Tails of Iron? Então prepare-se para uma aventura ainda mais espinhosa em Tails of Iron 2! Neste post, mergulhamos fundo na nova jornada de Arlo, o herdeiro do Guardião do Norte, explorando o que funciona, e o que, infelizmente, não funciona tão bem nesta continuação.
Entrar no menu principal de Tails of Iron 2 é como folhear um antigo livro de contos de fadas. Apesar de ser uma série relativamente nova, a nostalgia é palpável, principalmente pela voz suave do narrador, que nos acompanha em cada passo desta nova aventura.
Arlo, nosso novo protagonista, enfrenta desafios ainda maiores do que seu antecessor. É um Soulslike 2D, inspirado em Hollow Knight, porém com novidades! Há itens inéditos, novos ambientes, caças de monstros e uma forma direta de melhorar o reino roedor.
O que já era bom, ficou melhor. O combate é mais refinado, a música é serena e cativante, e os cenários são simplesmente deslumbrantes. A cidade dos corujas é um espetáculo, o castelo de Winterfell é imponente, e até os pântanos cinzentos têm uma beleza peculiar.
As Caçadas de Monstros Se Tornam Repetitivas
Uma das novas funcionalidades é a caça de monstros. Arlo se torna um verdadeiro bruxo, ajudando os ratos a se livrar de bestas que ameaçam suas plantações e amigos. A ideia é interessante e permite explorar mais os cenários e aproveitar o combate fluido.
Porém, a maioria das caçadas segue a mesma fórmula: encontre o monstro, cause algum dano, mova-se para o próximo marcador, cause mais dano, e finalmente mate-o. Mais combates contra chefes é sempre bom, mas a repetição se torna cansativa.
Com novas mecânicas disponíveis, como armadilhas, seria de se esperar um sistema de caça mais estratégico. Infelizmente, elas são pouco utilizadas, tornando as lutas repetitivas e interrompendo o ritmo emocionante dos combates.
O Gancho de Agarrar É Uma Decepção
Outro novo recurso é o gancho de agarrar, que permite atravessar grandes espaços e alcançar lugares altos. Embora seja apresentado no início, ele é desajeitado e pouco confiável. A animação é desengonçada, e os pontos de agarre nem sempre funcionam como deveriam.
Ele não acrescenta muito ao jogo. Os locais onde o gancho é usado, normalmente teriam plataformas no jogo original. Apesar da inspiração em Hollow Knight, Tails of Iron 2 não se assemelha a um Metroidvania, então o gancho raramente abre novos caminhos ou revela segredos.
E a pedra de amolar? Desapareceu! No jogo anterior, a arma embotava durante as batalhas, exigindo afiação. A remoção da pedra de amolar melhorou o ritmo do combate. No entanto, a filosofia por trás dela se reflete em outras adições que prejudicam a essência do jogo original.
Reconstruir Winter’s Edge É Muito Mais Gratificante
No primeiro jogo, ver o castelo sendo reconstruído era emocionante. Isso continua em Tails of Iron 2, mas de forma aprimorada. Após a tragédia, Arlo recruta um construtor para reconstruir a cidade.
Podemos restaurar a ferraria, a cozinha e a loja, melhorando-as gradativamente e desbloqueando novas armas, melhorias de saúde e decorações. É um grande passo em relação ao primeiro jogo, tornando o retorno para casa muito mais gratificante, embora com poucas opções de customização.
Em resumo, o que funciona em Tails of Iron 2 funciona melhor que no anterior. O combate é aprimorado, a história é envolvente e os cenários são belíssimos. Porém, algumas adições novas prejudicam a experiência. Muitas ideias novas são mal executadas e atrapalham o que deu certo no primeiro jogo. Apesar disso, é uma ótima experiência e uma digna continuação de um dos melhores jogos indie de 2021.
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