Você já imaginou uma placa de vídeo tão rápida que supera até mesmo a campeã atual? E se essa placa custasse o preço de um PC gamer inteiro? Prepare-se, pois vamos explorar o mundo da Nvidia GeForce RTX 5090, uma verdadeira fera que chega ao mercado com um preço assustador, mas com desempenho de tirar o fôlego.
Com um preço inicial acima de R$ 10.000 (considerando a conversão de dólares para reais e sem considerar possíveis aumentos devido a especulação), a RTX 5090 é um investimento pesado. Por esse valor, você poderia montar um PC gamer completo com uma RTX 5080, a segunda placa mais rápida da Nvidia, que já chega com um custo menor. Apesar de não ser a placa mais cara da história da Nvidia, ela certamente não se destina ao público em geral.
A 5090 é um produto de demonstração de tecnologia, voltado para aqueles que buscam o melhor, sem se importar com o preço. Sua velocidade é inegável, superando a concorrência com folga. Ela também apresenta o DLSS Multi-Frame Generation (MFG), um recurso inédito nas placas da série 50 que promete melhorar ainda mais o desempenho gráfico.
Placa Founders Edition: Design e Refrigeração
Embora muitos comprem placas de parceiros da Nvidia, vale a pena analisar a Founders Edition. Seu design é imponente, com três slots e três coolers, mas a Nvidia fez ajustes importantes em relação às séries 4090 e 4080.
Primeiro, o tamanho. A 5090 FE agora ocupa apenas dois slots, em vez de três, facilitando a instalação em gabinetes menores. Segundo, o conector 12VHPWR foi reposicionado, inclinado e encaixado na placa, resolvendo problemas de encaixe em alguns gabinetes.
Por fim, a mudança mais significativa está no cooler. As placas agora possuem ambos os coolers no topo da placa, solucionando problemas de aquecimento em gabinetes ITX, onde o calor do cooler inferior poderia afetar a placa-mãe.
Apesar do cooler menor e do consumo de energia significativamente mais alto, em testes com o gabinete totalmente aberto e em temperatura ambiente controlada, a temperatura da 5090 FE ficou em torno de 77°C, um valor considerado seguro. Ainda assim, é importante ter boa ventilação no gabinete para evitar superaquecimento.
Considerações sobre a configuração de testes
Para testar a RTX 5090, utilizamos uma configuração robusta, incluindo uma fonte de 1050W (recomendada pela Nvidia para a 5090) com conector 12VHPWR nativo e um processador AMD Ryzen 7 9800X3D, para evitar gargalos. A suíte de jogos incluiu títulos modernos com testes integrados e alta demanda gráfica, rodando em 4K com configurações máximas.
Em todos os testes da 5090, utilizamos resolução 4K. Se você não busca essa resolução, a 5090 pode ser um exagero. Nos testes com upscaling, utilizamos as versões mais recentes do DLSS (Nvidia), FSR (AMD) e XeSS (Intel – não relevante neste caso), sempre com a configuração de qualidade (equivalente a 1440p em 4K).
Desempenho de Renderização: Muito mais rápido, muito mais consumo de energia
Comparando o desempenho de renderização nativo em 4K, a 5090 se mostrou entre 17% e 40% mais rápida que a 4090, com a maioria dos jogos ficando em torno de 30%. Essa diferença significativa se deve à arquitetura Blackwell, ao aumento no número de núcleos CUDA (cerca de 33%), à memória GDDR7 e ao barramento de memória de 512 bits.
Embora o aumento de desempenho seja expressivo, o consumo de energia também subiu cerca de 35%. A 5090 chegou perto de seus 575W de TDP, enquanto a 4090 ficou próxima dos 450W. Vale ressaltar que reduzir a taxa de quadros, resolução ou utilizar jogos menos exigentes pode diminuir o consumo.
Comparado ao salto de desempenho da 4090 em relação à 3090 Ti (55% mais rápida com consumo similar), o ganho da 5090 pode parecer menor à primeira vista. No entanto, superar uma 4090 é uma conquista considerável, e a Nvidia tem sua resposta para isso: o DLSS 4 e sua tecnologia MFG.
DLSS 4 e Multi-Frame Generation (MFG)
O DLSS Frame Generation (FG), presente nas placas da série 40, interpola quadros entre os quadros renderizados, aumentando os FPS sem aumentar significativamente a carga da GPU. Já o DLSS MFG consegue gerar de um a três quadros interpolados, elevando ainda mais a taxa de quadros.
Em nossos testes, os problemas do DLSS MFG são semelhantes ao FG, mas mais pronunciados. Em alguns jogos, podem surgir artefatos visuais, principalmente em detalhes finos. Entretanto, a fluidez do movimento em alta taxa de quadros é indiscutível.
A tecnologia se destaca em placas de alta performance que já conseguem gerar altas taxas de FPS nativamente, mas em placas de entrada, os problemas podem ser mais evidentes.
A 4090 Aprimorada
A RTX 5090 é uma placa impressionante, a primeira a superar a RTX 4090 em desempenho. No entanto, seu alto consumo de energia e preço elevado são pontos negativos. A principal polêmica é a forma como a Nvidia divulga seus números de desempenho, inflados pelo uso do MFG.
Comparar o desempenho com gerações anteriores utilizando os FPS inflados pelo MFG é enganoso. A tecnologia é útil em jogos já otimizados, mas não resolve milagres em jogos com baixa taxa de quadros. Apesar das estratégias de marketing questionáveis, Nvidia continua líder no mercado, e a RTX 5090 consolida essa liderança por mais uma geração.
Pontos Positivos:
- Desempenho significativamente superior à RTX 4090.
- Design da Founders Edition mais compacto e eficiente.
- Sistema de refrigeração adequado.
- DLSS Multi-Frame Generation é uma opção interessante para atingir altas taxas de FPS em monitores com alta taxa de atualização.
Pontos Negativos:
- Consumo de energia muito alto.
- DLSS Frame Generation não é tão eficiente em jogos com baixa taxa de quadros.
- Marketing enganoso em relação ao Multi-Frame Generation.
Pontos a Considerar:
- Preço extremamente elevado.
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