Vocês já se pegaram debatendo a diferença entre um remake e um remaster de videogame? A linha entre esses dois termos ficou tão tênue que até mesmo especialistas discordam! Vamos mergulhar nesse universo de pixels e descobrir por que precisamos de uma definição oficial.
Recentemente, o lançamento de um jogo “remasterizado” reacendeu o debate. A princípio, parece simples, preto no branco. Mas aí você lembra de outros jogos que foram remasterizados e remakeados, e a confusão começa!
Chegou a hora de acabar com essa discussão de uma vez por todas: precisamos de uma definição oficial para remakes e remasters!
Uma Tentativa de Definição
Minha proposta de definição é a seguinte: um remake é um jogo construído do zero, buscando capturar a essência do original. Jogos como Silent Hill 2 Remake, Final Fantasy 7 Remake, e Resident Evil 2 Remake são exemplos. Eles não usam nenhum recurso do jogo original.
Já um remaster utiliza a maior parte do jogo antigo como base. Oblivion Remastered, Halo Combat Evolved Anniversary Edition, e Uncharted: The Nathan Drake Collection são exemplos. A “estrutura” é a mesma; mudam apenas alguns gráficos e mecânicas.
Apesar da simplicidade, minha definição não é universalmente aceita. Por exemplo, embora Oblivion Remastered use o código de 2006, com melhorias visuais no Unreal Engine 5 – de acordo com seus desenvolvedores –, muitos acham que as mudanças são significativas o suficiente para chamá-lo de remake, ignorando o próprio título do jogo.
Todos os Jogos Borram a Linha
Existem jogos que desafiam totalmente a convenção de nomes que mencionei. O remake de Demon’s Souls, por exemplo, é chamado de remake em todo o seu marketing. Apesar de a PlayStation Store afirmar que o jogo foi “totalmente reconstruído do zero”, a desenvolvedora comentou sobre o uso do código-fonte original como base para suas mecânicas.
A definição fica ainda mais nebulosa com The Last of Us Part 1. Existem três versões: a original de 2013, The Last of Us Remastered (2014), e The Last of Us Part 1 (2022). A versão Remastered usa o código-fonte original com melhorias gráficas para PS4. Já The Last of Us Part 1, embora seja um código novo inteiramente, mantém a jogabilidade idêntica ao original – só que com gráficos de PS5. Esta situação confunde muitas pessoas.
Encontrando um Terreno Comum
A principal causa da confusão é a falta de consenso entre as empresas. Alguns jogos são claramente remakes ou remasters, como o Silent Hill 2 Remake. Porém, nem sempre é tão fácil.
Diante de tanta confusão, seria útil se as grandes empresas se reunissem para criar uma definição concreta e aplicá-la na nomenclatura dos jogos. Embora isso provavelmente nunca aconteça, ajudaria os jogadores a gerenciar suas expectativas.
Por exemplo, não tenho ideia se o futuro lançamento de Metal Gear Solid Delta é um remake ou remaster. Se houvesse uma definição clara, saberíamos com certeza, facilitando a decisão de compra.
O sistema atual apenas gera confusão. Talvez seja proposital, uma estratégia complexa demais para mim. Mas, na minha opinião, não é xadrez, é apenas um jogo improvisado e sem regras fixas.
Deixe seu comentário abaixo com sua opinião sobre o assunto!
Fonte: The Gamer