Você já ouviu falar da nova coleção completa de The Last of Us? A Sony e a Naughty Dog estão relançando não apenas um, mas dois jogos numa só edição! Mas será que essa coleção é realmente tudo isso, ou existe algo a mais por trás dessa estratégia de marketing?
Muita gente já reclamou: temos tantas versões de The Last of Us! É verdade, é mais barato comprar a coleção do que os dois jogos remasterizados separadamente. E sim, remakes e remasterizações geram dinheiro para financiar jogos single-player. Mas, vamos combinar, é difícil não revirar os olhos com tantos relançamentos.
The Last of Us Está Completo
Mas o que está deixando os fãs de cabelo em pé é o próprio nome da coleção: “Completa”. Isso implica que The Last of Us Part 1 e 2 contam uma história completa e que não haverá um terceiro jogo. Será?
Sinceramente, acho que é tempestade em copo d’água. Estamos tirando conclusões precipitadas com base em estratégias de marketing. “Completa” pode sim soar como definitivo, e até o Neil Druckmann disse que um Part 3 não é garantido, mas é só o lançamento de uma coleção. Vamos pensar bem: talvez não seja tão profundo assim.
E se for profundo? Minha opinião é: não importa! A coleção é completa para mim. Como grande fã de The Last of Us, eu não quero mais um Part 3.
Mais Filosofia Druckmann Sem TLOU
Para mim, a duologia fez parte da minha vida e moldou minha percepção de videogames. Suas reflexões sobre ciclos de violência, se analisadas isoladamente, são valiosas e significativas. Apresentou personagens complexos, com moral ambígua, questionando se protagonistas precisam ser sempre heróis. Ainda hoje se discute a ética das escolhas dos personagens, anos após o lançamento.
Mas, como muitos antes de mim, e muitos depois, reitero: The Last of Us está completo. Não é como God of War, cheio de pistas sobre a sequência. Nem Horizon, que expande seu mundo a cada jogo.
The Last of Us Part 2 termina com um ponto final, uma lição moral, sem sugestões de futuro ou para onde o caminho de Ellie a levará. A solidão é o ponto principal. A violência mata o amor. Este é o ponto final natural, resultado do foco de Ellie na vingança. Alguns talvez queiram um Part 3 para mostrar a redenção dela, mas discordo. A duologia conta uma história de ação e consequência. Vimos a consequência.
E, talvez mais importante, não preciso ouvir mais sobre ciclos de violência do Neil Druckmann, ficcionais ou não. Já vamos ter que lidar com sua visão sobre religião em Intergalactic: The Heretic Prophet, como se The Last of Us Part 2 não fosse suficiente.
Se você realmente quer mais, Neil Druckmann está aí. Mas histórias importantes que refletem os temas que amamos em The Last of Us não precisam ser contadas nessa série. Muitos se apegam à Ellie e sua luta, querem vê-la encontrar a redenção. Mas isso ignora o fato de que a duologia está completa. A duologia está completa! Devemos deixá-la, e a Ellie, descansar.
Deixe seu comentário abaixo! Compartilhe suas experiências com The Last of Us!