Você já parou para pensar se realmente possui os jogos que compra? A recente ação judicial contra a Ubisoft por conta do encerramento dos servidores de The Crew levanta essa questão crucial. Vamos explorar o caso e entender o ponto de vista da empresa.
Os servidores de The Crew foram desligados há pouco mais de um ano, tornando o jogo, que era exclusivamente online, praticamente inútil. Para dois fãs dedicados, isso foi o início de uma longa batalha legal com a Ubisoft sobre direitos de propriedade.
Ubisoft afirma que direitos de propriedade nunca foram prometidos
Em fevereiro, esses dois fãs processaram a Ubisoft, alegando que a empresa induziu os clientes ao erro, fazendo-os acreditar que estavam comprando a propriedade do jogo, e não apenas uma licença. O objetivo era transformar a ação em uma ação coletiva, permitindo que os proprietários de The Crew exigissem indenização pelo encerramento do jogo.
Meses depois, a resposta da Ubisoft foi divulgada. A empresa afirma que nunca deu a entender que os jogadores estavam adquirindo “direitos de propriedade irrestritos do jogo”. Os advogados da Ubisoft alegam que os autores do processo utilizaram um método exaustivo e não conseguiram apresentar uma justificativa plausível para suas alegações.
A Ubisoft argumenta que os jogadores estão comprando uma licença, e não a posse do jogo. Essa postura já era conhecida desde que o diretor de assinaturas, Phillipe Tremblay, declarou que os jogadores precisam se acostumar com a ideia de não possuírem seus jogos.
A nova estratégia dos autores da ação
Apesar da resposta da Ubisoft, os autores da ação responderam com uma emenda. Eles utilizaram imagens do jogo com códigos de ativação válidos até 2099. A alegação é que isso demonstra a intenção da Ubisoft de manter o jogo disponível por um longo período.
Além disso, argumentam que a Ubisoft infringiu a lei da Califórnia, pois os cartões-presente para a moeda virtual do jogo (que, legalmente, não expiram no estado) expiraram com o fechamento dos servidores.
A Ubisoft tem até uma data específica para responder a essa nova emenda. A situação é complexa, mas a impressão é que a Ubisoft buscará o arquivamento do processo.
Conclusão
Este caso ilustra uma questão importante sobre a propriedade digital de jogos. A Ubisoft reafirma que os jogadores adquirem uma licença de uso, e não a propriedade do jogo. A ação judicial, e suas emendas, questionam essa prática, colocando em debate a relação entre empresas e consumidores no mercado de jogos digitais.
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Fonte: The Gamer