O preço do Nintendo Switch 2 e seus jogos está gerando muita discussão. Pagar R$ 2.500 (ou mais!) em um console antes de possíveis aumentos de preço é difícil de engolir, não é? A Nintendo, em vez de tranquilizar os consumidores, parece estar complicando ainda mais a situação.
Em entrevista, o presidente da Nintendo of America, Doug Bowser (sim, esse é o nome dele!), comentou sobre o polêmico preço de R$ 400 do Mario Kart World e a variação de preços em sua linha de jogos. Há pouca consistência, e segundo Bowser, isso é intencional.
Preço Variável: A Última Coisa Que o Nintendo Switch 2 Precisa
Bowser explicou: “O que vocês veem aí é precificação variável. Analisamos cada jogo, levando em conta o desenvolvimento, a amplitude e profundidade da jogabilidade, a durabilidade ao longo do tempo e a repetibilidade da experiência. Esses são apenas alguns dos fatores que influenciam o preço. Portanto, esperem preços variáveis.”
Bowser disse que a Nintendo ainda não definiu um “padrão” de preço para jogos, sugerindo que os valores podem subir ou descer no futuro. Com os jogadores já preocupados com os R$ 400 do Mario Kart, a Nintendo, ao insistir nessa estratégia e sugerir que pode piorar, não está agradando ninguém. Ainda pior: pré-vendas foram suspensas nos EUA, sem garantia de que o preço anunciado se manterá.
Não podemos discordar de Bowser totalmente. Mario Kart World, Metroid Prime 4: Beyond e Donkey Kong Bananza estão sendo lançados com preços diferentes. Entendemos a vontade de precificar jogos de acordo com seu valor, mas há uma linha tênue entre mostrar qualidade e explorar o consumidor.
Seria ótimo se um jogo do Kirby fosse lançado por um preço menor, mas a situação pode se inverter, e podemos ver um novo Zelda custando R$ 500 ou mais. Não é uma boa estratégia.
Preços de Referência e Preços Variáveis Não São Mutuamente Exclusivos
Quando o preço de R$ 400 do Mario Kart World foi anunciado, junto com rumores de que o GTA 6 custaria R$ 500, a discussão sobre o preço dos jogos ressurgiu. Mas essas discussões esquecem o crescimento massivo do mercado de games. Títulos blockbusters vendem milhões de cópias, algo impensável no passado. Sem falar em serviços como Fortnite e Roblox.
A pergunta sobre se a Nintendo estaria criando um novo padrão com Mario Kart World foi feita e Bowser respondeu: “Essa é nossa intenção. Não posso falar pelos outros. É sobre o que achamos certo para nosso conteúdo, o valor certo para o consumidor em nossa plataforma.”
Essa declaração soa ingênua. Bowser realmente acredita que a decisão da Nintendo de vender jogos por R$ 400 ou mais não impactará a indústria? Os jogos exclusivos da Nintendo raramente caem de preço, mantendo seu valor por serem exclusivos. Outras empresas como Ubisoft e EA ainda não fizeram isso, mas o sucesso da Nintendo poderia encorajar outras a seguirem o exemplo.
Sinto-me dividido. A Nintendo deveria simplesmente aumentar os preços ou continuar com esse sistema de preços variáveis que não beneficia ninguém? Isso distorce o valor dos jogos, criando uma hierarquia artificial. Se os preços precisam subir, que seja de forma clara e direta.
Deixe seu comentário abaixo com sua opinião sobre a precificação dos jogos da Nintendo!
Fonte: The Gamer