A Fórmula 1 desembarcou no Japão para a terceira etapa da temporada de 2025, em Suzuka. Mas será que uma pista lendária garante uma corrida emocionante? Prepare-se para uma análise que vai além dos belos cenários de cerejeiras em flor.
Suzuka: Um circuito de tirar o fôlego, mas com poucas ultrapassagens
Suzuka é uma das poucas pistas clássicas restantes no calendário da F1. É um verdadeiro desafio para os pilotos, com curvas memoráveis, como a sequência de “esses” entre as curvas 3 e 7, considerada uma das melhores do mundo. A pista até se cruza em forma de oito! Apesar disso, algumas partes, como a curva 130R, antes um teste de nervos, se tornaram menos desafiadoras para os carros modernos, com sua potência e aderência superiores.
O problema é a dificuldade em ultrapassar. Em Suzuka, assim como em Mônaco e Catalunya, as oportunidades são escassas. A melhor chance está no triângulo Casio, a chicane entre a curva 130R e a última curva, antes da reta principal. Ultrapassar na curva 1 é difícil, a menos que você tenha uma grande vantagem de velocidade, algo raro em 2025.
Incêndios na grama e sessões interrompidas
Além da emoção da corrida, Suzuka trouxe um imprevisto: incêndios na grama seca ao redor da pista. As faíscas dos carros, principalmente dos blocos de titânio que protegem o assoalho, causaram vários períodos de bandeira vermelha durante os treinos classificatórios.
Esses blocos de titânio, comuns nos anos 80 e reintroduzidos em 2015, nunca tinham causado tantos problemas antes. Foram cinco interrupções! Isso impactou diretamente os treinos e a classificação, com pilotos sofrendo com a interrupção de seus planos.
Qualificação: Verstappen quebra recordes em Suzuka
Nos treinos, as McLarens laranjas e pretas dominaram, com George Russell da Mercedes também mostrando bom ritmo. Mas na Q3, Max Verstappen brilhou, realizando uma volta épica e quebrando o recorde da pista. A diferença para o segundo colocado foi mínima, mostrando a disputa acirrada pela pole position.
A tecnologia embarcada também evoluiu. O uso da visorcam e da gyrocam proporcionou imagens incríveis, dando aos espectadores uma experiência imersiva da vibração e da velocidade dos carros de F1.
A corrida: uma decepção?
A corrida em si foi… monótona. Como descrito pelo próprio Oscar Piastri, a falta de ultrapassagens deixou a prova sem grandes emoções. A estratégia semelhante entre os pilotos e o equilíbrio entre os carros fizeram com que a ordem inicial praticamente se mantivesse até o final, demonstrando a dominância de Verstappen.
Nem mesmo a possibilidade de um incêndio na grama, que poderia causar uma bandeira vermelha e criar oportunidades para mudanças de estratégia, ocorreu. A chuva matinal deixou a grama úmida, prevenindo qualquer problema.
O que esperar do futuro?
A corrida de Suzuka levantou questionamentos sobre a busca pelo equilíbrio entre circuitos desafiadores e corridas emocionantes. Será que o foco deve mudar? A inteligência artificial tem sido aplicada no automobilismo, mas será que as equipes de F1 estão aproveitando ao máximo esse potencial? A resposta a essas perguntas, assim como o futuro da F1, ainda está sendo escrito.
A rivalidade entre McLaren e Red Bull, com duas equipes e pilotos de alto nível competindo pelo título, promete uma temporada eletrizante!
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Fonte: Ars Technica