Já se perguntou o que os grandes nomes da indústria de games pensam sobre a Inteligência Artificial? Mais especificamente, qual a visão do CEO da Take-Two, a empresa por trás do aguardado GTA 6, sobre o futuro da IA no desenvolvimento de jogos? Prepare-se para uma discussão interessante!
A Inteligência Artificial (IA) está em todo lugar, inclusive na indústria de games. Mas será que ela realmente representa o futuro, como muitos pregam?
Take-Two e Nintendo acertando o passo com a IA
É reconfortante ouvir líderes importantes da indústria de games expressarem suas preocupações sobre a IA generativa. A declaração do presidente da Nintendo, Shuntaro Furukawa, de que a Nintendo prefere focar na experiência única dos seus jogos, sem depender totalmente da tecnologia, é animadora.
É refrescante ver uma resposta cautelosa, mostrando que a criatividade humana ainda é valorizada. Strauss Zelnick, CEO da Take-Two, reforça essa ideia, afirmando que a IA, por sua natureza “olha para o passado”, enquanto grandes sucessos exigem visão de futuro.
“Não estou preocupado com a IA criando sucessos, porque ela é construída em dados que já existem”, disse Zelnick. “Ela é retrospectiva. Grandes sucessos são prospectivos e, portanto, precisam ser criados do nada. Ser o mais criativo significa não apenas pensar fora da caixa; significa que não há caixa.”
O poder transformador do “sim, e…”
A ascensão dos jogos battle royale ilustra bem essa ideia. Quando o PUBG surgiu, era algo inédito. Sua experiência era única e inovadora, diferente de tudo que existia antes.
O Fortnite, por sua vez, se tornou um sucesso ao adotar o modo battle royale, mas adicionando elementos inovadores. A IA pode responder às tendências, mas não criá-las. Os jogadores sempre buscarão experiências surpreendentes, que os façam sentir-se imersos em um mundo novo.
O que Balatro e Pulp Fiction têm em comum
A ideia de que, no futuro, bastará dizer à IA o que queremos jogar não me convence. As pessoas desejam o inesperado, a sensação de descobrir algo novo. Quentin Tarantino revolucionou o cinema com sua mistura única de gêneros. Balatro, da mesma forma, inovou ao combinar poker e roguelikes com um estilo visual charmoso.
As imagens geradas por IA, inspiradas em obras já existentes, não criam algo verdadeiramente novo. A originalidade provém do toque humano. A capacidade de transformar influências em algo único, de capturar o espírito do tempo, é algo que a IA não consegue replicar.
A experiência humana, com suas nuances e complexidades, é fundamental para a criação artística. A IA, por mais avançada que seja, carece dessa dimensão essencial.
Em resumo, a visão de Zelnick sobre a IA na indústria de games é bastante sensata. Ela tem seu papel, mas não substituirá a criatividade e visão de futuro dos artistas humanos.
Compartilhe suas experiências e opiniões sobre o papel da IA no desenvolvimento de jogos!
Fonte: The Gamer