E aí, pessoal! Já ouviram falar de Hopetown? Esse novo RPG promete ser um sucessor espiritual de Disco Elysium, o que já causa uma certa expectativa, não é mesmo? Mas a história por trás do desenvolvimento de Hopetown é tão, ou mais, intrigante quanto a própria premissa do jogo. Vamos mergulhar nessa trama?
A Polêmica Origem de Hopetown
A Longdue, estúdio responsável por Hopetown, surgiu após a polêmica separação da ZA/UM, desenvolvedora original de Disco Elysium. O que chamou a atenção – e gerou controvérsia – foi a falta de clareza sobre quais desenvolvedores de Disco Elysium de fato se juntaram à Longdue. Grandes nomes, como Robert Kurvitz e Aleksander Rostov, não estão envolvidos; eles formaram uma nova empresa, a Red Info Ltd.
No mesmo dia em que a Longdue foi anunciada, outros dois estúdios também surgiram, com ligações bem mais claras a Disco Elysium. Isso fez com que a falta de nomes confirmados na Longdue se tornasse ainda mais questionável, principalmente depois de uma disputa legal entre o estúdio e Argo Tuulik, um escritor de Disco Elysium.
Quem da Longdue Trabalhou em Disco Elysium?
Agora temos alguns nomes confirmados: Martin Luiga, cofundador da ZA/UM, e Piotr Sobolewski, líder da Knights of Unity, equipe terceirizada que trabalhou em Disco Elysium. O trailer de Hopetown também contou com a icônica narração de Lenval Brown, que também participa do novo projeto.
Sobolewski explica seu papel na Longdue como alguém que garante a conclusão do jogo, integrando-o à engine e desenvolvendo o código. Ele não teve um papel tão direto no desenvolvimento de Disco Elysium, focando principalmente na administração da Knights of Unity. Atualmente, ele atua como consultor de Hopetown.
Já o diretor criativo Grant Roberts, esclarece a participação de Luiga em Hopetown. Luiga se juntou recentemente à equipe e compartilha sua experiência, inspirando o desenvolvimento do novo jogo.
Roberts afirma que outros desenvolvedores de Disco Elysium estão envolvidos, mas preferem não ter seus nomes divulgados devido aos problemas internos da ZA/UM. Abena Jones, listada como editora e conselheira em Disco Elysium no LinkedIn, também faz parte da equipe.
Conflitos entre os Sucessores de Disco Elysium
Inicialmente, não havia conflitos aparentes entre os três estúdios criados a partir da ZA/UM. No entanto, em novembro de 2024, Argo Tuulik revelou que foi processado pela Longdue, o que o impediu de trabalhar na Summer Eternal, seu próprio estúdio, até abril de 2025. A Longdue confirmou a decisão judicial, dizendo que Tuulik trabalhou temporariamente no estúdio – algo que ele nega.
Roberts se recusa a comentar sobre a disputa, mas responde à afirmação de Tuulik de que a Longdue estava desesperada por qualquer conexão com Disco Elysium. Roberts explica que a aproximação feita aos ex-funcionários da ZA/UM, incluindo Luiga, foi motivada pela inspiração que Disco Elysium proporciona e pela busca de expertise.
O que Esperar de Hopetown
Hopetown, ainda em desenvolvimento, é descrito por Roberts como um CRPG isométrico rico em história, diálogos ramificados, personagens bem escritos e um mundo reativo. A exploração e a conversa são focos do jogo, tanto no mundo externo quanto na mente do protagonista.
Embora os detalhes de mecânicas ainda estejam sendo definidos, incluindo o número de companheiros, Roberts afirma não querer reinventar a roda. Mecânicas familiares ao gênero serão mantidas. No entanto, sistemas únicos de psicogeografia, que substitui mecânicas tradicionais por emoções e memórias, e de jornalismo, onde as ações do protagonista afetam a história, prometem diferenciar Hopetown.
Inteligência artificial generativa não será utilizada no desenvolvimento, tanto Roberts quanto Sobolewski declararam isso claramente. Sobolewski, especialista em IA, compara o conteúdo gerado por IA atual a “comer plástico”, enfatizando a importância da experiência humana no processo criativo.
O Tom de Hopetown
O tom do jogo será mais amplo do que a imagem inicial no Kickstarter, que apresentava uma frase um tanto agressiva. Roberts esclarece que a imagem era para ilustrar a mecânica de conversa e não o tom geral do jogo, que será uma mistura única e nova.
Os Sentimentos da Longdue com o Lançamento do Kickstarter
Roberts admite o estresse do lançamento antecipado do Kickstarter, mas mostra entusiasmo com a oportunidade de apresentar o jogo ao público e buscar apoio. Sobolewski, que se juntou recentemente, expressa confiança no talento da equipe e na capacidade de criar algo novo e surpreendente, sem copiar Disco Elysium.
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Fonte: The Gamer