Matar monstros em Monster Hunter sempre foi parte da diversão, certo? Mas será que já parou para pensar na ética por trás disso? Afinal, estamos falando de criaturas virtuais, mas a sensação de culpa pode ser bem real. Vamos explorar essa questão juntos!
Monstros: um sacrifício necessário nas Terras Proibidas?
Monster Hunter sempre foi sobre caçar animais selvagens para criar equipamentos incríveis. É um ciclo repetitivo, mas que prende milhões de jogadores. No entanto, muita gente fora desse universo não aceita tão bem a premissa básica do jogo: a matança de animais selvagens.
Compreendo a reação. Mas é preciso ter a inteligência emocional para entender que são criaturas virtuais. No contexto do jogo, só lutamos contra monstros em fúrias mortais, protegendo pessoas e o equilíbrio do ecossistema.
Em Wilds, mais que em outros jogos da série, a relação entre monstros e humanos é explorada. Geralmente, existe uma coexistência, um equilíbrio. Mas, às vezes, esse equilíbrio se quebra. Monstros carnívoros caçam, sejam outros monstros ou humanos.
Nesses casos, o caçador local intervém. Se um ser querido fosse atacado por um animal selvagem com intenção de matar, eu não hesitaria em ajudar. A dor do animal não importa quando há risco de vida. Quem critica a jogabilidade de Monster Hunter esquece disso: é fantasia, e geralmente não é algo a ser levado muito a sério.
Mas existe uma dissonância entre a jogabilidade e a narrativa
A narrativa de jogos como World, Rise, Stories e Wilds mostra empatia pela existência dos monstros. Eles são predadores, presas e até gado, como em nosso mundo. Mas a história e o *gameplay* divergem. Se quiser, podemos caçar todos os monstros, tornando-nos o equivalente virtual de um caçador de animais exóticos.
O ciclo de jogo repetitivo, a busca constante por materiais para criar itens raros transforma encontros narrativamente justificados em uma matança sem fim. Quando um amigo me vê desmembrando um monstro que eu passei 30 minutos lutando, entendo a preocupação dele.
Apesar da dissonância, é muito divertido! A mecânica é viciante e recompensadora. Após anos jogando, desenvolvi uma certa imunidade à ideia de matar coisas em busca de objetivos. Mas nem todos são assim, especialmente em Monster Hunter, onde isso é a premissa do jogo.
É uma questão complexa: a diversão, a satisfação mecânica da caça e a criação de equipamentos incríveis, contrapondo-se à consciência de que estamos, em essência, matando criaturas virtualmente. É uma reflexão interessante sobre a relação entre a experiência de jogo e a nossa própria ética como jogadores.
No fim das contas, a experiência de Monster Hunter Wilds nos convida a refletir sobre nossas próprias reações e o significado da violência dentro de um contexto de jogo. Mesmo sendo uma experiência virtual, as emoções que ela gera são bem reais.
Compartilhe suas experiências com a ética em Monster Hunter Wilds! O que vocês acham?
Fonte: The Gamer