Já imaginou satélites voando a altitudes tão baixas que quase raspam a atmosfera? Parece ficção científica, mas essa nova era de satélites de baixa órbita está prestes a começar! Prepare-se para descobrir como essa tecnologia inovadora vai revolucionar a forma como vemos o nosso planeta.
A ideia de satélites voando em órbitas terrestres muito baixas não é nova. Desde o início da era espacial, na década de 1950, os primeiros satélites espiões americanos orbitavam a Terra a altitudes extremamente baixas.
Uma nova era de imagens de alta resolução
Essa proximidade permitia capturar imagens de alta resolução. No entanto, voar tão perto da Terra apresentava desafios, principalmente o arrasto atmosférico.
Por muito tempo, os satélites orbitaram altitudes mais elevadas. A maioria dos satélites hoje fica entre 400 e 800 km de altitude. Isso evita o arrasto atmosférico, mas ainda permite boas comunicações e visualização do planeta.
Recentemente, empresas espaciais começaram a desenvolver satélites menores. Eles são projetados para sobreviver em órbitas terrestres muito baixas (VLEO). A vantagem? Uma visão ainda mais próxima para imagens detalhadas!
A startup Albedo e o Clarity-1
Uma dessas empresas é a Albedo, uma startup de Denver. Fundada por engenheiros da Lockheed Martin e do Facebook, a Albedo investiu milhões para desenvolver satélites com resolução de imagem de 10 cm.
A resolução é bem superior a qualquer imagem de satélite comercial atual. Rivaliza com a resolução de alguns dos melhores satélites espiões.
Para imagens de alta resolução, hoje, muitas vezes a solução são helicópteros ou drones. Mas vários locais restringem sobrevoos, e o custo é alto.
O lançamento do Clarity-1
O primeiro grande teste da Albedo é o lançamento do satélite Clarity-1. Com 530 kg, ele será lançado na missão Transporter-13, um foguete Falcon 9 da SpaceX.
O Clarity-1 será colocado em uma órbita entre 500 e 600 km. Depois, ele tentará reduzir sua altitude para 274 km.
Este é o modelo completo do design de satélite da Albedo. O satélite é semelhante ao tamanho de uma cabine telefônica e tem a expectativa de operar por cerca de cinco anos, dependendo do ciclo solar.
A Albedo também ganhou um contrato da Força Aérea dos EUA para compartilhar dados e análises de VLEO.
Vantagens e Desafios da VLEO
As vantagens da VLEO incluem imagens de qualidade superior. As órbitas são menos congestionadas. Satélites inoperantes descem e queimam na atmosfera.
Mas há desvantagens. O oxigênio atômico é altamente reativo. Existem também outros fenômenos que interferem na operação dos satélites.
Controlar a orientação é um dos maiores problemas. A rotação da Terra torna a tarefa ainda mais complexa.
A Albedo planeja uma constelação de aproximadamente 24 satélites. Isso dependerá da demanda dos clientes, que incluem empresas de monitoramento de energia, oleodutos e fazendas solares.
Mas antes, a tecnologia precisa ser comprovada.
Em resumo, a era dos satélites de baixa órbita está próxima. Essa tecnologia promete revolucionar a obtenção de imagens de alta resolução da Terra. Mas desafios significativos precisam ser superados para o sucesso dessa nova era.
Compartilhe suas experiências e opiniões sobre essa nova tecnologia espacial!
Fonte: Ars Technica