Você já imaginou um soldado do exército americano envolvido em um esquema de vazamento de dados sensíveis e busca no Google por “hackear pode ser traição”? Parece roteiro de filme, mas essa história é real e chocante. Vamos mergulhar nos detalhes deste caso intrigante.
Soldado Americano e o Vazamento de Dados da AT&T
Cameron John Wagenius, um soldado de 20 anos, foi preso em dezembro de 2024 perto da base militar de Fort Cavazos, no Texas. Ele era especialista em comunicações em uma base na Coreia do Sul e usava o pseudônimo “Kiberphant0m” no mundo cibernético.
Wagenius fazia parte de um trio de hackers que extorquiu diversas empresas no ano anterior. A principal vítima foi a AT&T, que teve informações pessoais e registros de ligações e mensagens de texto de aproximadamente 110 milhões de clientes roubados.
A Extorsão e as Buscas Online
Em novembro de 2024, Kiberphant0m vazou alguns dos registros telefônicos e ameaçou vazar todos a menos que um resgate fosse pago. A AT&T teria pago um resgate. Mas Wagenius não parou por aí. As investigações revelaram que ele pesquisou online por países que não extraditam para os EUA e, crucialmente, “hackear pode ser traição?”.
As buscas incluíam termos como: “onde posso desertar do governo americano qual país não me entregará”, “pessoal militar dos EUA desertando para a Rússia” e “Embaixada da Rússia – Washington, D.C.” Isso indica claramente um planejamento para fuga e evasão da justiça.
Evidências Adicionais
A investigação encontrou mais evidências comprometedoras. O laptop de Wagenius continha mais de 17.000 arquivos com informações pessoais, como passaportes e carteiras de identidade. Ele também possuía um documento de identificação falso com sua foto.
Além disso, Wagenius tentou vender informações roubadas para o serviço de inteligência militar de um país estrangeiro (referido como “Country-1”). Ele fez isso pouco antes de se perguntar se “hackear pode ser traição” em uma busca no Google.
Plea de Culpa e as Consequências
Em 19 de fevereiro, Wagenius se declarou culpado de duas acusações de transferência ilegal de registros telefônicos confidenciais. Apesar disso, o governo pediu sua prisão preventiva até sua baixa do exército, alegando risco de fuga e atividades criminosas adicionais.
A pena máxima para Wagenius inclui até dez anos de prisão para cada acusação, além de multas que podem chegar a US$ 250.000. Este caso destaca os perigos da atividade criminosa no ciberespaço e a importância da segurança da informação.
Outros dois suspeitos foram presos em relação a esse crime cibernético. Um está detido na Turquia e outro no Canadá. O caso destaca a colaboração internacional necessária para combater crimes transnacionais.
Este caso serve como um alerta sobre os riscos da atividade criminosa no mundo digital, não só para empresas, mas também para indivíduos. A segurança da informação deve ser uma prioridade para todos.
Deixe seu comentário abaixo com suas impressões sobre essa história. O que você acha que vai acontecer com Wagenius?
Fonte: KrebsOnSecurity