Você já se perguntou como grandes negócios corporativos são investigados? Hoje vamos mergulhar em um caso intrigante que envolve a CrowdStrike, uma gigante da segurança cibernética, o IRS (Internal Revenue Service), e uma investigação conduzida pelo Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) e pela Comissão de Valores Mobiliários (SEC). Prepare-se para descobrir detalhes surpreendentes!
Contrato de US$ 32 milhões e suspeitas de “pre-booking”
Um contrato de US$ 32 milhões assinado pela CrowdStrike com a Carahsoft, uma revendedora de software governamental, está sob investigação. O acordo previa o fornecimento de ferramentas de segurança cibernética para o IRS. O detalhe curioso? O IRS afirma nunca ter usado, nem mesmo comprado, esses produtos.
A data da assinatura chama atenção: o último dia do terceiro trimestre de 2023. Essa coincidência levanta suspeitas de “pre-booking”, prática onde empresas inflacionam suas vendas para atingir metas financeiras.
Funcionários da CrowdStrike, segundo relatos, expressaram preocupação com essa transação. A empresa, entretanto, defende a contabilização do negócio.
IRS nega compra de software CrowdStrike
O DOJ e a SEC estão entrevistando funcionários do IRS e da CrowdStrike. Eles estão coletando documentos para entender o processo de aquisição.
Testemunhas foram questionadas sobre a compra do software. A resposta do IRS foi consistente: “não houve compra”.
Ambos, CrowdStrike e Carahsoft, mencionaram um “pedido incancelável”. No entanto, a existência de uma ordem de compra do IRS ainda não foi confirmada.
Após o acordo, as ações da CrowdStrike subiram 10%. O CEO, George Kurtz, até mesmo mencionou o contrato em uma teleconferência de resultados.
Meses depois, a CrowdStrike revisou seus números, excluindo cerca de US$ 26 milhões da receita recorrente anual.
Pre-booking: um problema de liderança
Especialistas apontam a pressão sobre vendedores e compradores de TI para fechar negócios antes do fim do trimestre (EOQ).
Representantes de vendas pressionam para garantir receita, oferecendo descontos agressivos.
Compradores muitas vezes são influenciados por essa pressão. Contratos são assinados sem uma avaliação completa dos produtos ou termos.
Embora a culpa possa recair sobre as vendas, o “pre-booking” é um problema de liderança, segundo consultores.
Oportunidades para compradores em negócios de EOQ
A pressão do fim do trimestre pode ser uma vantagem para os compradores.
Conhecendo a urgência do vendedor, é possível negociar melhores termos e obter concessões.
Entretanto, é essencial manter o controle para evitar a assinatura de produtos e taxas dispendiosos.
Compradores inteligentes usam a pressão do EOQ a seu favor, mas sem deixar que ela determine os termos dos acordos.
Concluindo, a investigação sobre o acordo entre CrowdStrike e Carahsoft destaca os riscos e as pressões inerentes aos fechamentos de negócios no fim de trimestre. Tanto compradores quanto vendedores precisam estar cientes desses desafios para evitar problemas futuros.
Compartilhe suas experiências com negociações de fim de trimestre!
Fonte: Computerworld