Você já se frustrou com um jogo que prometia interação, mas entregava pouco? Em Lost Records: Bloom & Rage, essa frustração é palpável. Apesar de uma narrativa promissora, o jogo comete um erro grave comum em games de colecionáveis. Vamos descobrir qual!
Lost Records: Bloom & Rage começa com boas vibrações, sinto um clima pesado, como se as personagens fossem passar por situações difíceis. A jogabilidade lembra muito Life is Strange (2015). Conversas, escolhas que afetam os personagens e a exploração do ambiente são os pilares do jogo. A protagonista, Swann Holloway, interage com objetos, comentando sobre eles. É aqui que o problema começa.
Lost Records não permite interação suficiente
Swann é uma personagem interessante. Ela é propositalmente desajeitada e irritante, mas também cativante. Não gosto muito da voz que ela usa ao falar com seu gato, mas no geral, ela é bem simpática. Em um ponto da história, Swann e suas amigas procuram umas chaves. Swann, usando a luz de sua câmera, as encontra no alto de um antigo brinquedo de playground em formato de foguete. É aí que a frustração começa.
O foguete de metal é claramente escalável, e duas das meninas são bem aventureiras. Mas elas decidem que escalar é muito perigoso. A menor e mais impaciente do grupo começa a chutar e bater no foguete. Como o foguete é instável, as chaves caem, mas param em um nível mais baixo. A solução óbvia é continuar a chutá-lo até que as chaves caiam no chão. Mas o jogo decide que Swann precisa jogar algo nele, ignorando a solução mais lógica e iniciando uma busca desnecessária por um objeto para arremessar.
Será que a história compensa a jornada?
Em si, isso não é um pecado capital. Há uma pequena suspensão de descrença, mas o jogo me fez jogar. Não tenho objeções ao jogo me dando tarefas. O problema é que ele exige soluções específicas e pouco inteligentes.
Precisamos encontrar algo leve o suficiente para arremessar, sólido o bastante para mover as chaves e pequeno o suficiente para segurar com uma mão. Enquanto procurava as chaves, encontrei baterias velhas, perfeitas para o trabalho. Nada aconteceu quando voltei a elas. Também vi garrafas de cerveja que não geravam interação nenhuma com o jogo.
Autumn encontra um tijolo e resolve o problema. A parte chave aqui não é recuperar as chaves, mas sim o convívio entre as amigas. Em certos momentos, Swann escolhe com quem ficar, em outros momentos, são interações obrigatórias. Nesse sentido, funciona. Mas a falta de interação com objetos relevantes à gameplay é frustrante.
Lost Records está construindo ótimas personagens, e a obsessão da Swann com a câmera dá uma sensação de experiência mais concreta. Mas um mundo é interativo ou não. Lost Records tenta ser ambos, e acaba não sendo nenhum dos dois.
Em resumo, Lost Records: Bloom & Rage apresenta uma narrativa promissora e personagens interessantes, mas a limitação na interação com o ambiente prejudica a experiência, especialmente para quem já está acostumado com a profundidade de outros jogos de RPG.
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