O mundo das memecoins é um universo volátil e imprevisível. De um dia para o outro, fortunas são feitas e perdidas, e polêmicas explodem com a força de um meteorito. Recentemente, um novo caso chamou a atenção: o criador da polêmica memecoin LIBRA revelou ter lançado também a MELANIA, e admite ter “sniperado” ambas as moedas. Vamos mergulhar nos detalhes dessa história incrível e cheia de reviravoltas!
LIBRA e a controversa participação de Javier Milei
A LIBRA, lançada recentemente, recebeu um apoio inesperado (e rapidamente desfeito) do presidente argentino, Javier Milei. Ele declarou em um tweet (posteriormente apagado) que a moeda digital apoiaria pequenas e médias empresas no país. Essa declaração gerou um aumento inicial no valor da LIBRA, mas logo depois, uma queda vertiginosa de 95% abalou o mercado.
Esse evento gerou grande especulação e questionamentos sobre a transparência do projeto e a possível manipulação do mercado. A volatilidade extrema demonstra a fragilidade e os riscos inerentes a investimentos em memecoins.
Hayden Davis: O homem por trás de LIBRA e MELANIA
Hayden Davis, CEO da Kelsier, assumiu publicamente a responsabilidade pelo lançamento tanto da LIBRA quanto da MELANIA. Em uma entrevista, ele declarou que sua equipe utilizou bots (“sniping”) para adquirir tokens de ambas as moedas, logo após o lançamento de seus contratos inteligentes.
Sniping, como é conhecido esse processo, permite que investidores, com o uso de robôs, comprem grande quantidade de tokens em questão de segundos após sua disponibilidade, garantindo-lhes uma posição privilegiada e, muitas vezes, lucros consideráveis.
Davis assegura que a LIBRA não foi um “rug pull” – golpe que envolve o sumiço dos desenvolvedores com o dinheiro dos investidores. Ele afirma que a decisão não foi fraudulenta, que um plano deu errado, deixando 100 milhões de dólares em uma conta sob sua custódia.
Lucros com a liquidez da MELANIA
A MELANIA, memecoin associada à primeira-dama americana Melania Trump, também lançada por Davis, apresentou uma capitalização de mercado de 625 milhões de dólares, depois de uma estreia com 2,1 bilhões. Embora Davis tenha inicialmente negado lucros com a liquidez, ele posteriormente admitiu que não houve “swap de liquidez”, mas que isso não significava que não houve vendas de tokens. Este contraditório posicionamento aumenta as suspeitas sobre a falta de transparência.
Reembolsos e a questão do insider trading
A polêmica envolvendo a LIBRA se intensificou com o reembolso de 5 milhões de dólares feito por Davis para Dave Portnoy, fundador do Barstool Sports. Portnoy, que havia investido na LIBRA, revelou ter conhecimento prévio do projeto, tendo adquirido tokens apenas 10 minutos após o tuíte de Milei. Essa situação levanta questões sobre possível insider trading, prática ilegal que consiste em usar informações privilegiadas para obter vantagem financeira no mercado.
Davis, em sua defesa, minimiza as acusações, afirmando que a vantagem de quem tem informações privilegiadas é comum em diversos negócios, não sendo específica ao mundo cripto.
Vale lembrar que a complexidade deste caso e os avanços da investigação ainda podem trazer novas informações à luz.
Conclusão
A história da LIBRA e da MELANIA expõe a natureza arriscada do mercado de memecoins e a importância da transparência e da cautela dos investidores. A utilização de bots para “sniping” e as suspeitas de insider trading ilustram os desafios éticos e legais desse universo. Acompanhar o desenrolar da situação e os posicionamentos de Davis e Portnoy é essencial para uma compreensão completa deste caso.
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Fonte: Coindesk