Você já se perguntou por que tantas remasterizações de jogos relativamente recentes estão surgindo? A Sony, por exemplo, tem lançado diversas, gerando debates acalorados entre os jogadores. Será que isso é realmente um problema, ou apenas um sintoma de algo maior na indústria de games?
Remasterizações sem sentido: um novo normal? A onda de remasterizações, muitas vezes com melhorias gráficas mínimas, tem incomodado muitos fãs. Jogos como The Last of Us Part 1 e Horizon Zero Dawn, relativamente recentes, já ganharam suas versões “remasterizadas”.
Days Gone: O caso que acendeu o debate
O anúncio de uma remasterização de Days Gone, um jogo com menos de seis anos e que recebeu críticas mistas, causou grande estranheza. Muitos questionaram a decisão da Sony, argumentando que os recursos poderiam ser melhor investidos em novos jogos. Por que investir em um jogo que não foi um grande sucesso de crítica e já está disponível para o PS5?
É verdade que seis anos representam um tempo considerável no mundo dos games. Observando a evolução gráfica, jogos de épocas diferentes parecem pertencer a universos distintos.
Mas a realidade é outra. As melhorias gráficas em remasterizações recentes, incluindo Days Gone, The Last of Us Part 2 e Horizon Zero Dawn, são quase imperceptíveis. Em alguns casos, as versões remasterizadas até podem ser inferiores às originais, como aconteceu com Until Dawn.
Remasterizações: um pilar financeiro
Apesar da frustração dos fãs, de acordo com informações de executivos da indústria, as remasterizações servem como uma importante fonte de receita para as empresas. Esses lucros ajudam a financiar o desenvolvimento de novos jogos, que têm ciclos cada vez mais longos e custosos.
É uma situação complexa: a necessidade de financiar projetos ambiciosos contra a percepção de desperdício de recursos em projetos que parecem dispensáveis.
O problema, na verdade, não são as remasterizações em si. Elas são um sintoma de um problema maior: a indústria está focada no crescimento desmesurado de gráficos e tempo de desenvolvimento, em vez de priorizar a qualidade e a inovação. Jogos estão muito grandes e longos, e a linearidade tem crescido, em detrimento da criatividade e da liberdade para o jogador. Precisamos de menos, e melhor.
Conclusão
As remasterizações sem sentido são, sim, um incômodo. Mas elas refletem uma tendência preocupante na indústria de games: a priorização de gráficos desnecessários e ciclos de desenvolvimento excessivamente longos. A solução não está em eliminar as remasterizações, mas em repensar o modelo de desenvolvimento de jogos, focando na qualidade da experiência e na inovação. Precisamos de jogos mais criativos, menos focados em impressionar graficamente e mais focados na narrativa e na jogabilidade.
Compartilhe suas experiências com remasterizações! Você acha que elas são um problema ou apenas um sintoma? Deixe seu comentário abaixo!
Fonte: The Gamer