A State of Play recente da PlayStation deixou muitos fãs intrigados. Afinal, Ghost of Yotei e Death Stranding 2, dois grandes lançamentos esperados, deram o “chega pra lá” no evento. Será que isso realmente importa?
Inicialmente, parecia que apenas dois grandes jogos não seriam suficientes para a Sony neste ano. Afinal, a empresa sempre apostou em exclusivos para se destacar. A ausência de ambos no State of Play gerou ainda mais questionamentos.
O evento apresentou diversos jogos, muitos com previsão para 2026 e além. Enquanto alguns jogos lançamentos deste ano foram mostrados, os dois títulos que definiriam o sucesso da PlayStation em 2025 ficaram de fora. Até mesmo Astro Bot, com um DLC substancial, também não apareceu.
Há boas razões para a PlayStation deixar outros jogos em destaque
Existem argumentos que justificam a ausência de Ghost of Yotei e Death Stranding 2. Ainda é fevereiro – no ano passado, por exemplo, nem sabíamos da existência de Astro Bot. Ambos os jogos podem ser lançados ainda este ano com grande sucesso.
Após o evento, a discussão se voltou para outros jogos como Saros, Tides of Annihilation e Shinobi. Será que isso teria acontecido se tivéssemos visto dez minutos de gameplay de Ghost of Yotei? Pode ter sido uma decisão estratégica dar palco a jogos que precisavam mais de visibilidade, mantendo os “pesos pesados” em reserva.
Outro fator importante é o lançamento de GTA. Anunciar uma data de lançamento no State of Play poderia significar ser ofuscado pelo lançamento da Rockstar. Se tivessem participado sem anunciar uma data, isso tiraria atenção de outros jogos e deixaria ainda mais evidente uma possível “fuga” do GTA.
Considerando apenas esses fatores (e a presença de Grand Theft Auto), a ausência dos jogos faz sentido. Se ambos forem lançados e forem bem recebidos pela crítica, a ausência no State of Play será irrelevante. Mas, no contexto atual do mercado de consoles, parece que a Sony cedeu espaço.
Mas ainda assim fica uma impressão negativa
A Sony foi a terceira das grandes empresas a mostrar seus lançamentos de 2025. A Nintendo sempre esteve na frente, pelo menos em termos de expectativa. O anúncio do Nintendo Switch 2, mesmo com apenas uma pequena demonstração de Mario Kart, já gerou grande entusiasmo.
Somando a isso Pokémon Legends: Z-A e Metroid Prime 4, o aguardado retorno de um Mario em 3D e outros possíveis lançamentos de Zelda, Fire Emblem, Kirby, Donkey Kong, Yoshi e/ou outro Pokémon, o Switch 2 pode ter uma vantagem considerável.
E o que dizer do Xbox? A empresa está de olho em 2025. Avowed, por exemplo, teve boas críticas, e as prévias de South of Midnight foram positivas. Fable e Gears of War: E-Day também são apostas para este ano.
A grande arma do Xbox, porém, é o Game Pass. O serviço teve altos e baixos, mas neste ano teremos Doom: The Dark Ages, Ninja Gaiden 4 e Clair Obscur: Expedition 33 “grátis” no Game Pass, enquanto serão pagos à parte no PlayStation. E podem vir mais jogos.
O Xbox tem seus problemas – como o Series S -, e a Sony construiu uma liderança nos últimos anos. Essa liderança se baseia em seus exclusivos. O State of Play era uma chance de mostrar que a empresa está pronta para manter esse sucesso e essa oportunidade foi perdida.
Repito, nada disso importa se os jogos forem lançados este ano e forem bons. Assim como discutir se o anúncio do Switch 2 deveria ter mostrado mais, é algo sem muita importância a longo prazo. O Xbox ainda está atrás da PlayStation, mas nos primeiros meses de 2025, ganhou terreno. Será interessante ver a situação ao final do ano.
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Fonte: The Gamer